Em todo o Brasil, a campanha ‘Junho Vermelho’ tem o objetivo de conscientizar a população sobre a doação de sangue. O Hemocentro de Maringá, anexo ao Hospital Universitário (HU) está reforçando a importância desse ato porque a queda nos estoques foi considerável nos últimos meses. De acordo com a diretora, Marcia Neri, esse é um triste efeito da pandemia de Covid-19, afastando os doadores. Além de que, historicamente, as coletas diminuem nos meses mais frios do ano.
“Até nesse período estamos avisando que os doadores que tomaram a vacina contra Covid-19 podem doar desde que respeitem o prazo de acordo com o imunizante. Os que tomaram dose da CoronaVac devem esperar 48 horas para realizar a doação; já a AstraZeneca exige um intervalo de sete dias. Esperando esse tempo, a pessoa pode e deve vir doar sangue porque precisamos muito. Também convidamos quem teve a doença, após 30 dias de curado pode comparecer, efetuar a doação e até mesmo o plasma dessas pessoas será utilizado no tratamento de pacientes com Covid-19 que estão hospitalizados”, explicou Marcia Neri.
O Hemocentro do Hospital Universitário de Maringá atende a população de segunda-feira à sexta-feira, das sete às 18h30; e aos sábados das sete às 12h30, sempre com agendamento prévio para evitar aglomeração. O número de contato, que também é WhatsApp, é o (44) 3011-9151. É possível agendar horário pelo site saude.pr.gov.br/doacao. A diretora enumerou os critérios básicos para doação.
“As pessoas devem estar em boa condição de saúde, não podem estar gripadas, devem ter se alimentado bem no dia, não ter feito cirurgia recente, ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos e, no ato da doação, apresentar documento original com foto. São vários requisitos, inclusive existe uma consulta clínica no Hemocentro antes da doação”, disse Marcia.
CAMPANHA
A campanha surgiu em 2011, quando as irmãs Debi Aronis e Diana Berezin lançaram o movimento ‘Eu dou Sangue’ (EDS), em São Paulo, devido a um acontecimento familiar. O propósito do ato foi contribuir para a criação da cultura de doação de sangue junto aos indivíduos por meio da iluminação de prédios e monumentos públicos com a luz vermelha em comemoração ao Dia Mundial do Doador de Sangue, no próximo dia 14. Com isso, além ‘de dar sangue’ no sentido evidente, é relacionado também ao estímulo do sentimento de solidariedade, fraternidade e pertinência a uma sociedade plural, com culturas diversas.
Embora o percentual de doadores de sangue de 1,6% da população brasileira esteja dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora, o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar esse índice, estimulando que mais pessoas passem a ser doadores regulares, mantendo assim os estoques de sangue em níveis seguros.
Victor Cardoso
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