Diante de tantas mortes causadas pela covid-19, e uma aparente insensibilidade do presidente Bolsonaro, como no uso de expressões: ‘e daí’? ‘sou messias, mas não faço milagres’, ‘todo mundo vai morrer um dia’, ‘não sou coveiro’, ‘quem tomar vacina pode virar jacaré’, ‘quem usa máscara é marica’. Enfim dos maus exemplos dados por ele ao provocar aglomerações e estimular o não distanciamento social, pensando na economia.
Quando se fala que a ideia era estimular a chamada ‘imunidade de rebanho’ , que provavelmente causaria ainda mais mortes, o título deste artigo, que copiei de outro de Jorge Brandão, publicado no jornal Diário de Santa Maria -RS, e que é uma pergunta que muitos fazemos, faz todo sentido: Será que temos hora certa para morrer? Muitas mortes causadas pelo coronavírus poderiam ser evitadas, se a população brasileira tivesse sido vacinada em número bem maior que o atual? Existe culpa de Pazuelo e Bolsonaro, pois segundo o primeiro, um mandava e o outro obedecia? Até que ponto a disputa política com o governador João Dória foi positiva ou negativa? Quem morreu e morrerá de covid estava na sua hora?
Vejamos o texto do artigo acima citado: ‘Teremos que a qualquer momento, segundo os desígnios de Deus, deixar o nosso corpo físico, vestimenta provisória do nosso espírito imortal. Aliás, já passamos por isto muitas vezes e se não tivesse ocorrido, não estaríamos aqui agora neste planeta escola, aprendendo e reaprendendo lições.Muitas vezes consideramos a morte de uma pessoa como se a sua hora tivesse chegado. Daí vem a pergunta: “temos realmente a hora certa para morrer, ou abandonar o corpo físico?”Dentro do olhar da Doutrina Espírita, precisamos considerar pelo menos três importantes fatores, quanto ao nascimento (reencarnação) e a morte (desencarnação) de um ser humano.
O primeiro é o potencial genético do corpo recém formado resultante da união do óvulo com o espermatozóide, que determina a formação de um corpo com alguns potenciais de resistência, limitações ou predisposição a enfermidades. Algo que faz parte de uma influência direta da espiritualidade desde a nossa programação reencarnatória.
O segundo aspecto é o potencial energético do perispírito, (o nosso corpo fluídico ou corpo etéreo, laço que liga o espírito ao corpo físico) e que mantém este corpo físico vivo com uma energia vital, como se fosse uma bateria, por um período necessário a sua necessidade evolutiva a cada encarnação.
O terceiro e não menos importante aspecto a ser considerado é o uso do livre arbítrio do ser encarnado durante a sua vida no corpo físico. O seu estilo de vida, os cuidados com a sua saúde física, mental, social e espiritual, que podem alterar significativamente o potencial de sua energia vital e o seu tempo de vida na Terra.
Podemos exemplificar este importante aspecto da seguinte forma: Os vícios como tabagismo, alcoolismo e outras dependências químicas, que de acordo com comprovadas pesquisas científicas influenciam diretamente na diminuição do tempo de vida do corpo carnal. Pessoas que vivem estressadas exaurindo suas forças mentais ou o exemplo de pessoas que ingerem bebidas alcoólicas e dirigem em alta velocidade provocando acidentes fatais.
Teríamos muitos outros exemplos para expor, que podem causar a antecipação da morte do corpo físico e colocam por terra a teoria de que “Temos uma hora certa para morrer”. Estas mortes provocadas pelo próprio ser estariam escritas, determinadas por Deus? Definitivamente não, pois temos o nosso livre arbítrio e um potencial divino que nos capacita a superar as nossas más tendências e tirar o máximo proveito de nossa reencarnação.
Não existe uma “programação absoluta de morte”, um determinismo irreversível, senão seríamos meros robôs aqui na Terra. Existe sim um potencial de vida, provas que precisamos passar, resgates e até mesmo expiações, necessárias para a nossa evolução, mas todas podem ser atenuadas pelo trabalho no bem.A lei de causa e efeito não nos engessa, ela nos proporciona também a oportunidade bendita de resgatar os nossos débitos através do amor, pois ele cobre uma multidão de pecados.
Para o nosso próprio bem, não sabemos a hora do nosso retorno à pátria espiritual, nem mesmo dos nossos amados, portanto procuremos viver a cada dia com gratidão e amorosidade, cuidando da nossa saúde física e mental como se fôssemos viver para sempre e do nosso espírito como se fossemos partir amanhã.’
E completo, eu (Akino): É possível que muitas mortes provocadas pela doença, que segundo a ciência ainda não tem tratamento eficaz, precoce ou não,na atual pandemia pudessem ser evitadas, se houvesse uma ação efetiva e coerente do governo. Outras tantas ppor ações individuais, com as pessoas tomando cuidados de prevenção que o bom senso recomendava, desde o começo, quando o evento se apresentou como catastrófico.
Daí a classificar Bolsonaro como um genocida, a distância talvez seja grande. Perdoemos, ele não sabe o que faz, diria Jesus. Se bem que a sua insistência em ‘errar’, tem ultrapassado todos os ‘limites da sanidade’. Às vezes chego a duvidar que o nosso presidente seja uma pessoa normal, tal o disparate de algumas falas, apesar de tudo que vem ocorrendo.
Confia muito no ‘seu exército’,o formal e o composto pelos eleitores que ainda não se decepcionaram com ele, mas tudo tem um limite. ‘A sua hora vai chegar’, dizem os adversários. Se no poder temporal consegue ir levando, apostando na impunidade, com nomeações de ministros para o STF,o PGR, talvez contando com o lado amigo da PF, quando chegar a hora ( lembremos do título), vai conhecer a verdade e a verdade talvez não o liberte das conseqüências de atos inconsequentes.
(*)Akino Maringá, colaborador do Blog do Rigon
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