Início Policial Gaeco prende 17 policiais suspeitos de se apropriarem de produtos contrabandeados

Gaeco prende 17 policiais suspeitos de se apropriarem de produtos contrabandeados

São mercadorias ilegais que os envolvidos teriam apreendido durante vistorias nas estradas do Paraná e desviado mediante omissões de dados na elaboração dos boletins.
Segundo as investigações os agentes produziam boletins com informações genéricas e isso facilitava o desvio das mercadorias ilegais apreendidas, geralmente eletroeletrônicos. Pelo menos 17 policiais militares foram presos na operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), desencadeada no dia de ontem com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar em cidades do Paraná e Mato Grosso. Os policiais são suspeitos de se apropriarem de mercadorias ilegalmente importadas, apreendidas em sua maioria nas rotas do contrabando, a partir da Ciudad del Este e Salto del Guairá.

Por meio de um vídeo a que o Gaeco teve acesso, as forças de segurança envolvidas no combate ao contrabando puderam ver os suspeitos dividindo entre eles, produtos eletrônicos apreendidos. Em áudio, aparece um PM dizendo que irá se encontrar e negociar com um homem que vende produtos importados. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em Foz do Iguaçu, Missal, São Miguel do Iguaçu e Medianeira, no Oeste do Paraná e Cláudia, no Mato Grosso. Na mesma operação, os policiais do Gaeco surpreenderam outros dois policiais que não eram alvo dos mandados, mas portavam drogas e mercadorias contrabandeadas.

O esquema, segundo as investigações, funcionava assim: “após se apropriarem das mercadorias, os policiais liberavam a pessoa abordada e produziam boletins de ocorrência com informações genéricas e sem descrição de produtos apreendidos, facilitando o desvio da mercadoria”. As investigações continuam, porque agora o Gaeco tenta descobrir o destino das mercadorias desviadas. O promotor Tiago Lisboa, disse que prisões foram feitas apreensões de coletes balísticos, armas e documentos.

Redação JP
Foto – G1

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