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Minha história com Santo Expedito

Nos meus primeiros anos de estudos, lá pelos anos 60, quando o ensino era muito valorizado, e os professores, pelo menos nas pequenas cidades,  faziam parte de uma elite, não só intelectual, mas financeiramente falando, graças à boa remuneração, após concluir os quatro  primeiros anos e naquela época terminar o quarto ano primário era uma grande vitória ( tinha até formatura), fiz o exame  de admissão, uma espécie de vestibular e entrei para o ginásio em Alfredo Marcondes- SP. 

Como morava na zona rural, distante 12 kms da sede do município, ia de caminhão, um verdadeiro ‘pau de arara’, que levava estudantes de Santo Expedito , cidade ainda menor, que não tinha o ensino  ginasial. 

Sofri muito, hoje entendo o que é bulyng, levando tapas na cabeça, olhava para um lado e ninguém se apresentava, olhava para outro vinha outro tapa, mas o pior foi um dia que alguém perguntou se eu era daquele jeito ou estava chupando limão, o que me levou ao trauma de achar que eu era feio,  passei muito tempo achando, até que algumas meninas, começaram a me dizer o contrário, e aos 22 anos, quando fui trabalhar no Banco do Brasil, fiquei lindo, passando a ser disputado, como um grande  partido que era como se dizia dos solteiros para casamento (não os partidos políticos que hoje, igualmente são muito disputados).

Dois anos depois, ainda no ginasial , abriu-se escola em Santo Expedito, e me livrei da viagem de ‘pau de arara’ e passei a estudar naquela cidade, que ficava a 6 kms da nossa casa, e foi a vez de enfrentar o trecho à cavalo, à égua ou montado em burro, e percalços não pararam.

Saia de casa às 15:30h, para começar a estudar das 17h00 às 20:15h, pois o prédio era o mesmo do curso primário, que funcionava até àquele horário. Algumas vezes minha éguinha empacava  à certa altura e tinha  que voltar, perdendo a aula e levando um corretivo do meu pai, que era muito severo. Chuva, frio, não foi fácil vencer as terceira e quarta série do curso, para finalmente ‘ me formar’, e enfrentar, posteriormente a saída de casa e aqui me lembro da música de Zezé de Camargo:  ‘No dia em que eu saí de casa, minha mãe me disse: Filho, vem cá! Passou a mão em meus cabelos. Olhou em meus olhos, começou falar. Por onde você for eu sigo, com meu pensamento. Sempre onde estiver. Em minhas orações vou pedir a Deus que ilumine seus passos’. Vindo para  Mandaguaçu, e daí para ‘o mundo’
        
Mas a minha história é um quase nada, diante da história de Santo Expedito, a cidade e o Santo, quis repartir com os leitores, após ler em o Imparcial ,sobre o turismo religioso, muito efetivo naquela cidade o seguinte, em resumo:

‘A cidade de Santo Expedito, titularizada como de interesse turístico no segmento religioso, possui dentre seus principais atrativos turísticos, o Santuário Diocesano de Santo Expedito, com 10 mil m² de construção, a Igreja Matriz com 68 anos de existência e a gruta de Santo Expedito. Durante o ano, são realizados eventos religiosos como a Romaria de Cavaleiros, com 23 anos de tradição, Moto Romaria,( vamos convidar Bolsonaro para uma motociata, digo eu) Pedal da Fé, Bênção dos Carros Antigos, Festa Maior, Festa anual do Padroeiro, que chega a receber mais de 60 mil turistas e romeiros, Caminhada da Fé, Pegadas do Amor e a Tradicional Festa do Milho. Além de outros eventos  da cidade’.

Sobre o Santo, tendo como fonte o site  https://www.nossasagradafamilia.com.br/conteudo/historia-de-santo-expedito.html  ‘ Expedito foi mártir da fé, nasceu na Armênia e comandou a 12ª Legião Romana, conhecida como “Fulminata” (ou fulminante, em português) com sede em Melatia. Essa região foi local de inúmeras perseguições aos cristãos por conta do imperador Deocleciano, responsável por determinar a destruição de inúmeras igrejas e livros sagrados, suspender assembleias cristãs e obrigar a renúncia de todos os cristãos.

Enquanto no exército romano levava uma vida de excessos até que um dia teve um encontro com Deus e se converteu. Sua fama de “santo das causas justas e urgentes” veio de um episódio onde um espírito do mal apareceu-lhe em forma de corvo dizendo: “crás..! crás…! crás…!” (em latim: “Amanhã…! amanhã…!amanhã…!”) Enganador que é, eis a proposta do maligno: Deixe para amanhã. Não tenha pressa! Adie sua conversão! E sem titubear, Expedito pisoteou o corvo, esmagando-o e gritando: HODIE!, que quer dizer: “HOJE”! Nada de adiamento! É para já! Agora! E é daí que vem a associação a soluções imediatas das causas ou urgentes. Também é conhecido como o santo dos negócios que precisam de solução rápida e protetor dos estudantes.

Generoso soldado, Expedito e sua situação de chefe de legião chamaram a atenção de Deocleciano enquanto defendiam as fronteiras orientais contra os ataques de bárbaros asiáticos Quando as perseguições começaram muitos mártires pagaram a lealdade cristã com a vida, entre eles Maurício, Marcelo e Sebastião – hoje conhecido como São Sebastião. Expedito lutou até o fim mesmo depois de ser flagelado até derramar sangue e ter a cabeça decepada’.

E concluo, manifestando o meu respeito aos católicos, eu que sou Espírita, mas não duvido da força do Espírito Santo Expedito.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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