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Motoristas de ônibus aguardam resultado de audiência na Justiça

Está marcada para às nove horas desta terça-feira uma nova audiência de conciliação entre representantes do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) e a Prefeitura. Essa será mais uma tentativa de negociação para que o Poder Público auxilie na negociação dos direitos da categoria frente as empresas de ônibus. Os trabalhadores exigem, dentre inúmeras reivindicações, o reajuste salarial com reposição de 10,95% da inflação; porcentagem referente aos anos de 2020 e 2021.

“O sindicato vem tentando de todas as formas estabelecer negociações de boa fé com a empresa e a Prefeitura, porém ambos se mostram desinteressados em responder às necessidades da categoria. Não resta caminho se não o de luta, muitas vezes só assim conseguimos conquistas como o reajuste salarial. Porém, somos sensíveis à população e não paralisamos o serviço ontem, nem na manhã desta terça-feira. Porém, a greve depende do resultado da conversa de hoje”, disse o vice-presidente do Sinttromar, Emerson Luís Viana Silva.

Na última sexta-feira houve uma reunião na Justiça do Trabalho que determinou, em caso de greve, 70% dos ônibus circulando normalmente nos horários de pico, entre cinco e nove horas e das 17 às 20 horas. Ficou prevista multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Além disso, ficaram proibidos os bloqueios de entradas das empresas ou qualquer impedimento do empregador. Medida foi assinada pelo desembargador Célio Horst Waldraff.

Em nota as empresas Cidade Verde e Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) informou que aguarda “liberação de recursos emergenciais para evitar o colapso dos sistemas de transporte de passageiros.” Além disso, que “irão buscar socorro no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, a fim de que, com a urgência necessária, seja o Sinttromar obrigado a manter um percentual mínimo de 90% do contingente de motoristas para prestação adequada do serviço” em caso de greve.

Este ano, os motoristas ficaram quase 10 dias parados porque os salários de janeiro não tinham sido pagos de forma integral. Dessa vez, eles cobram o reajuste que não acontece desde junho de 2019. Em contrapartida, as empresas alegam desequilíbrio financeiro por conta da pandemia, uma das causas é a queda no número de usuários do transporte público e isso reduziu o número de viagens. O rombo seria de R$ 24 milhões; o que gerou ação, que está em fase de perícia, na Justiça pedindo auxílio financeiro por parte da administração municipal.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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