O Observatório Covid Unicesumar apresentou novos dados sobre a pandemia do novo coronavírus em Maringá. De acordo com o levantamento, aumentou, em nível alarmante, o número de óbitos da população entre 20 e 39 anos. Para essa faixa etária, em março foram registradas 16 mortes por complicações da doença; já em junho, o número subiu para 82, ou seja, cinco vezes mais. Informações que confirmam que a pandemia está mais severa em 2021.
“Tudo isso mostra que a contaminação e agravamento da doença estão migrando para os mais jovens. É preciso manter os cuidados sanitários. Ao contrário do que esse público vem fazendo, que é sentir seguro e afrouxar as medidas de proteção. Os mais velhos vacinados não é garantia de proteção dos mais novos”, disse o coordenador do Observatório Covid, Guaracy Silva.
Todo estudo é feito com base em dados epidemiológicos da Secretaria de Saúde de Maringá, levando em consideração as datas de notificação e não o dia do óbito, todavia são datas próximas e isso não compromete a pesquisa. A notícia boa ficou por conta da diminuição no número de mortes de idosos em junho que foi um terço do que aconteceu em março e metade do ocorrido em abril.
“Pela primeira vez faleceu menos idosos do que adultos entre 40 e 59 anos. A vacina, independentemente do imunizante, tem cumprido seu papel no agravamento e evolução para óbitos. Todavia, infelizmente, o contágio continua alto por muitos descuidos de uma parcela da população. A vacina reduz, mas não freia a contaminação, o perigo é constante e deve ser combatido com aquilo que aprendemos desde o início da pandemia: distanciamento, uso de máscara de proteção e aplicação constante de álcool gel. A imunização só vai reduzir a contaminação quando grande parte da população estiver vacinada”, reforçou Silva.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
