Nas vistorias realizadas nos dois primeiros dias de retomada das aulas presenciais, em escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), o Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) constatou irregularidades embora tenha notado a observância correta de procedimentos como o distanciamento das mesas, sinalização para a orientação adequada no pátio e corredores, além da boa circulação de ar dentro das salas.
Em nenhuma unidade houve a entrega de máscaras adequadas para o cenário da pandemia. São os chamados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como a cirúrgica ou modelos PFF2 e N95. A maioria dos servidores usa a máscara de pano, não considerada pela saúde ocupacional como um EPI. Onde se usava a máscara recomendada era o próprio trabalhador que tinha comprado, segundo informação passada ao Sismmar.
Houve identificação de problemas com as viseiras de acrílico, chamadas de face shield, entregues ainda no primeiro semestre. Além do tamanho único capaz de gerar desconforto e dores de cabeça, também foram percebidas anormalidades no próprio material. Para todos os casos, a direção do Sismmar orientou que a situação deve ser informada imediatamente aos superiores para que a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) tenha total conhecimento e faça a substituição.
Numa das unidades visitadas se percebeu a ausência de uma sala de isolamento para abrigar alguma criança que apresente sintomas de contaminação. Até esta quinta-feira, a presença de alunos que os pais optaram pelo ensino presencial se mostrou muito abaixo do esperado e do que havia sido informado anteriormente.
Mesmo reconhecendo o trabalho feito pelas diretorias visitadas até o momento e o esforço de pôr em prática as medidas de segurança nas unidadeso, o sindicato entende que a Seduc precisa orientar melhor as comissões de Contingenciamento formadas por funcionários e funcionárias de cada local de trabalho.
Novas visitas serão feitas nos próximos dias, também de forma aleatória. As de hoje foram acompanhadas pela vereadora Professora Ana Lúcia (PDT), a convite do Sismmar. Ana Lúcia representou a Comissão de Educação da Câmara de Maringá.
Contra a vontade e o entendimento da maioria dos trabalhadores da categoria e da direção do Sismmar, o retorno presencial sem a imunização de professores e demais servidores requer, segundo a entidade, medidas sanitárias ainda mais urgentes para preservar a vida de toda a comunidade escolar. A Seduc ainda não se manifestou sobre o assunto.
Blog do Pupim
Foto – Sismmar
