Transportadora de Maringá aparece em reportagem publicada pela Folha de São Paulo sobre falhas na fiscalização de empresas que contrataram venezuelanos. Por conta destas falhas, diversos imigrantes não teriam recebido as condições prometidas na Operação Acolhida, lançada pelo Governo Federal. O título da reportagem é ‘Venezuelanos sofrem abusos em empregos ofertados por programa de interiorização’ e tem o subtítulo ‘Operação Acolhida falha em fiscalizar as empresas e monitorar bem-estar dos refugiados’. Uma das empresas citadas pelo jornal é a Trans Panorama, que faz parte do Grupo G-10.
Conforme lembra o jornalista Ângelo Rigon, a operação chegou com pompa em Maringá em 2019, via Transpanorama Transportes. O levantamento foi baseado no trabalho de auditores fiscais do trabalho. O texto descreve que “há algum tempo circula que a Transpanorama dispensou a maioria dos 37 venezuelanos (de um ciclo de 49) que chegaram em julho de 2019 para trabalhar como motorista; dois meses depois, vieram seus familiares, em avião da Força Aérea Brasileira. Eles vieram de Boa Vista (RR) e a contratação foi anunciada como ‘ação humanitária’, com a presença de Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos”.
O procurador do trabalho Fabio Alcure disse que “se estivesse documentado, não teria tido esse problema”. Ele se refere à ausência de uma Certidão Declaratória de Transporte de Trabalhadores, conhecida por CDTT. Por sua vez, uma porta-voz da Transpanorama informou que, como o Exército era responsável pelo transporte dos trabalhadores venezuelanos para Maringá, a empresa havia presumido que estava tudo correto.
Blog do Pupim
Foto – Reprodução