Início Policial Justiça determina prisão de proprietária de casa de repouso

Justiça determina prisão de proprietária de casa de repouso

A prisão e o fechamento do Instituição de Longa Permanência de Idosos de Maringá foi pedida pelo Ministério Público após constatar a morte de um idoso que teria sido vítima de maus tratos.

A proprietária da ILPI foi presa nesta quarta-feira pela polícia, com o acompanhamento do Ministério Público, que há algum tempo investigava denúncias de maus tratos aos idosos internados na casa de repouso. Um dos internos, de 91 anos,  foi hospitalizado com fratura no fêmur e morreu dias depois. E na sequência das investigações o MP descobriu também que outros 12 idosos eram mantidos no local em condições precárias e sendo submetidos a condições degradantes.O  idoso que morreu dias depois de ter seu quadro de saúde agravado, relatou a familiares ter sofrido diversas violências físicas e psicológicas, sendo as agressoras as duas donas da entidade  (mãe e filha) e uma funcionária.

De acordo com matéria postada no site do Ministério Público do Paraná “além das suspeitas de abuso, há indícios de que o idoso que morreu e outros internos estariam sendo mantidos sedados com medicação. A queda que levou o homem de 91 anos à óbito pode ter ocorrido em razão disso “, na avaliação do MP. Aos familiares o idoso  relatou ainda que uma das cuidadoras desferiu socos contra ele, tendo, em determinada ocasião, o asfixiado. O MP apurou  que os idosos eram dopados e muitos deles  não denunciavam os maus tratos aos parentes que os visitavam, com medo de represarias.

Além da prisão da proprietária a 14ª Promotoria de Justiça da Comarca de Maringá obteve uma ordem de busca e apreensão na ILPI e na residência da mulher. A Dra. Michele Nader, promotora do caso, requereu também, e obtive da Justiça, autorização para interditar a instituição e proibir a mulher e a filha dela, que administram o local, de continuarem atuando na área. Os internos do ILPI deverão ser encaminhados aos seus familiares para serem realocados em outra casa de repouso que trabalhe dentro das normas fixadas em lei. O caso está sendo acompanhado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania,  Conselho Municipal dos Direitos do Idoso e  Vigilância Sanitária Municipal. O  Processo número 0015013-35.2021.8.16.0017 corre em segredo de justiça.

Redação JP
Foto – Ilustração

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