Cláudio José de Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin” foi detido na operação Daemon com outras oito pessoas, mas só ele e a esposa continuam presos por determinação do juiz da 23ª. Vara Federal de Curitiba. Testemunhas de várias cidades paranaenses que caíram no conto da criptomoeda foram ouvidas pela PF e revelaram que Cláudio é uma pessoa violenta e costumava ameaçar investidores que o pressionassem com arma de fogo. Consta que ele ameaçava também funcionários do Bitcoin Banco, de sua propriedade.
O desvio , fruto de negociações que simulavam compra e venda da criptomoeda soma R$ 1,5 bilhão. Segundo levantamento da Polícia Federal, cerca de 7 mil pessoas teriam sido lesadas, a maioria do Paraná. O “Rei do Bitcoin” foi indiciado pelos crimes de estelionato, organização criminosa, crime contra a economia popular, crime falimentar, crime contra o sistema financeiro e tentativa de embaraço às investigações. Lucinara da Silva Oliveira, a mulher de Cláudio, também foi indiciada pela PF. Ela havia sido presa junto com o marido, mas foi solta logo depois e presa de novo por descumprir um termo de ajustamento de conduta. A defesa do casal entrou com pedido de habeas corpus mas Justiça Federal negou. Outras sete pessoas , que estão em liberdade, também foram indiciadas por crimes falimentares. São elas: Ismair Junior Couto, Johnny Pablo dos Santos, Rodrigo Martinelli Laport, Cibele Cristine Golo dos Santos e Janio Cesar Martins Correa.
A empresa de Claudio José de Oliveira ganhou notoriedade no setor em 2018 mas em 2019, alegando ter sido vítima de ataque hacker, travou os saques, iniciando aí o calote nos investidores. O caso foi investigado pela Polícia Civil do Paraná, que descobriu a frade. Por ser relacionada ao mercado financeiro e atingir investidores de outros estados, a fraude virou assunto da Polícia Federal. O falso banqueiro teve vários bens apreendidos, inclusive carros de luxo que se encontram no pátio da Polícia Federal de Curitiba. Segundo a polícia, o casal ostentava bens de luxo e fazia grandes eventos para atrair investidores.
Redação JP
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