Início Maringá OAB lança projeto de acolhimento psicológico para vítimas de violência

OAB lança projeto de acolhimento psicológico para vítimas de violência

A Comissão de Enfrentamento à Violência de Gênero da OAB Maringá (Cevige) implementou um projeto, em conjunto com a Delegacia da Mulher, para que psicólogas voluntárias possam fazer acolhimento às vítimas de violência doméstica, sexual, entre outros. O contrato de permissão administrativa entre OAB e Polícia Civil já foi assinado. A presidente da Comissão, Carolina Cleópatra Codonho da Silva, explicou que as psicológicas irão auxiliar as investigadoras no acolhimento; será um trabalho conjunto onde todas as partes conseguem atender com excelência.

“Este é um grande avanço, no entanto, ainda existem muitas dificuldades, como o número insuficiente de psicólogas voluntárias disponíveis. Hoje o atendimento acontece somente das nove às 12 horas, quando o ideal seria contarmos com esse trabalho durante todo o período de funcionamento da delegacia. Estamos em busca desta estrutura, mas ainda não a temos”, contou a advogada.

Segundo Carolina, o contingente humano insuficiente na delegacia especializada no atendimento ao público feminino é uma situação que contribui como obstáculo a prestação de serviço. Atualmente são 850 inquéritos de violência doméstica em andamento, 1.029 medidas protetivas de urgência, além de outros 500 procedimentos envolvendo adolescente em conflito com a lei. Tudo isso sobrecarrega ainda mais a Delegacia da Mulher.

“Temos, portanto, uma delegacia especializada, mas sobrecarregada, com dificuldade para atender a uma demanda que só aumenta. Conforme levantamento recente, são atendidos, em média, por dia, em torno de 15 ocorrências. Prosseguindo nesse ritmo, teremos até ao final do ano cerca de 5 mil boletins registrados, número muito superior aos 3.058 anotados no ano passado. Diante dessa situação a Cevige está empenhada em dar efetividade a projetos como esse de acolhimento psicológico às mulheres vítimas de violência e suporte jurídico, além de cobrar do poder público o cumprimento do papel que lhe cabe, que é fornecer a estrutura necessária para o efetivo cumprimento da legislação”, concluiu a presidente da Comissão.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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