Um terremoto de magnitude 7,2 atingiu o Haiti durante o final de semana deixando pelo menos 724 mortos e mais de 2,8 mil feridos. O primeiro-ministro do País, Ariel Henry, declarou estado de emergência de um mês horas depois dos tremores. Um hospital haitiano está lotado e não tem suprimentos suficientes. As primeiras intervenções foram por socorristas e a própria população em geral, ajudando a retirar feridos dos escombros. Em Maringá, a Secretaria de Juventude e Cidadania está mapeando haitianos com parentes nas regiões atendidas.
Os imigrantes que vivem em Maringá estão tentando contato com amigos e familiares, mas a comunicação via telefone e, principalmente, pela internet está prejudicada com a ruptura de redes. O secretário da pasta, Emmanuel Predestin, que também é haitiano, informou que os órgãos que trabalham com imigrantes estão unidos na tentativa de informações para tranquilizar quem está longe da terra natal.
“Quem mora nos Estados Unidos, por exemplo, que estão mais perto, se deslocam para o Haiti para fornecer mais informações, porque houve problema na comunicação. O mapeamento está acontecendo e, até agora, não registramos nenhum caso dos haitianos que mora aqui com vítimas lá. Nós vamos continuar esse monitoramento até que a gente confirme, realmente, que não houve parente ferido ou morto nos terremotos”, explicou o secretário.
O Instituto Sendas, que apoia imigrantes, também está à frente do trabalho na busca de contato com refugiados. Uma haitiana disse que tem irmãs, tias, entre outros parentes na região atingida. Felizmente eles estão bem, mas a preocupação é grande, segundo ela.
Victor Cardoso
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