Na próxima quinta-feira, 26 de agosto, é celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A efeméride é comemorada neste dia em alusão à ratificação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão a 26 de agosto de 1789, na França. A data comemora as conquistas das mulheres na sociedade ao longo da história, na luta por condições de igualdade entre gêneros. Em Maringá, às 17 horas, a praça Todos os Santos, no cruzamento das avenidas JK e Cerro Azul (Zona 2), receberá a intervenção “Magó, o feminino é sagrado”.
Se trata de um trabalho feito por mais de 100 pessoas motivadas pela indignação em relação à violência contra as mulheres vítimas de feminicídio. A intervenção foi idealizada pela artista e professora Sheilla de Souza e por Tadeu Kaingang em parceria com artistas convidados.
“’A terra nos cura: ga vã eg hán ti’, voltado à valorização do sagrado feminino ancestral. As palavras Kaingang ga vã eg hán ti significam: a terra nos cura. Esse trabalho é dedicado à Darcy de Souza, cofundadora do Movimento ‘Vez e Voz da Mulher’ e fundadora da Associação Indigenista (Assindi), de Maringá”, acrescentou a artista.
Magó é como ficou conhecida a bailaria Maria Glória Poltronieri Borges, morta aos 25 anos, em janeiro de 2020, após ser violentada sexualmente por Flávio Campana. No dia 20 de abril deste ano, o Teatro Reviver foi rebatizado Teatro Reviver Magó, onde a artista fazia ensaio e apresentações frequentes. Na praça também há um memorial em homenagem a dançarina, chamado “As madeixas de Magó”, obra do artista plástico Paolo Ridolfi.
No mundo, essa data, além de promover reflexões sobre as relações de poder na sociedade, em que os homens são privilegiados, tem como intuito de agir no combate à desigualdade, para se obter a plena equivalência entre homens e mulheres. Neste dia realizam-se atividades de natureza informativa e ativa com o objetivo de diminuir progressivamente, até eliminar de raiz, a desigualdade.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução