Início Maringá Painel do Café é inaugurado no Teatro Calil Haddad

Painel do Café é inaugurado no Teatro Calil Haddad

A entrega oficial do Painel do Café aconteceu na tarde de ontem em cerimônia com participação do prefeito Ulisses Maia, secretários municipais, pioneiros de Maringá, da Comissão Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Maringá, entre outros representantes. O mural histórico composto por 848 azulejos foi restaurado pela empresa Forlight, de São Carlos. Depois de um trabalho minucioso que durou três anos, o painel foi instalado no Teatro Calil Haddad no começo do mês e, a partir de agora, está disponível para visitação do público.

“Esse é um momento histórico e de muita alegria com a participação de pioneiros da Cidade. Pessoas que frequentaram o bar Colúmbia onde o painel foi colocado originalmente. Assim que Maia assumiu o governo em 2017 foi dado início no processo de contratação de uma empresa que fizesse a restauração para que devolvêssemos a relíquia à população de Maringá”, disse o Secretário de Cultura, Victor Simião.

A obra representa uma cena de colheita de café medindo 2,40 metros de altura por 7,95 metros de largura. A área total é de 19,08 metros quadrados, do artista Waldemar Moral, do Atelier Artístico Moral (São Paulo). Essa obra foi encomendada pelo ex-prefeito e empresário de Maringá, Américo Dias Ferraz, e instalada no Bar Columbia em 1957; estabelecimento que se tornou ícone na Cidade e ficava na Avenida Getúlio Vargas.

A arquiteta Fabiana Purchio e o Engenheiro Thiago Queiroz foram os responsáveis pela retirada das 848 peças que compõem o Painel do Café. Eles explicam que realizaram uma análise detalhada do material e ficou constado problemas como azulejos quebrados sem perda de matéria; lacuna parcial com perda menor que 40%; e lacuna também com 40% de perda. No total havia 133 peças quebradas. “Após a colagem das peças quebradas, a empresa iniciou a fase de tratamento das mesmas, inclusive com a reconstituição do substrato de cerâmica do azulejo. Outra fase foi a recomposição da camada pictórica. Como o artista utilizou praticamente cores puras, raramente secundárias e terciárias, não houve grande dificuldade em se chegar às cores originais”, explicou a arquiteta Fabiana Purchio.

A parte do painel onde está a identificação da autoria ‘Atelier Artístico Moral / R. Dionísio da Costa’ os restauradores optaram por não reproduzir a letra do artista, de forma a não descaracterizar a assinatura. A parte ficou em branco simbolizando a grande importância de Waldemar Moral.

Victor Cardoso
Foto – PMM

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