A direção do Hospital do Câncer de Maringá confirmou, na tarde de ontem, que tem um pedido sendo analisado na 3ª Vara Cível da Cidade. Se trata de uma solicitação de recuperação judicial. Os autores da ação, o H. C. de Maringá e o Instituto de Hemoterapia Maringá Ltda alegam que a instituição passa por problemas financeiros. O juiz Juliano Albino Manica é responsável pela análise do pedido; cabe a ele definir se acata ou não a demanda até o final desta semana.
Na última semana, cerca de 20 trabalhadores que foram demitidos há poucos dias do Hospital realizaram um protesto em frente à unidade de saúde. A principal reivindicação era que a direção efetuasse o pagamento de direitos trabalhistas. Alguns trabalhadores ressaltaram que na ala exclusiva para pacientes com coronavírus, atuando na linha de frente de combate à pandemia, e não foram reconhecidos. Os desligamentos aconteceram há cerca de um mês, mas a direção do hospital não teria sequer dado uma posição sobre o pagamento dos direitos.
“Vou acompanhar de perto todo esse caso. Esta é uma situação que pode afetar muito a população de Maringá e região. O hospital tem como foco principal uma especialidade crucial, que é o combate ao câncer. Ficamos apreensíveis com tudo isso e esperamos que a situação seja resolvida da melhor forma possível”, disse o secretário de Saúde do município, Marcelo Puzzi.
Os advogados do Hospital do Câncer de Maringá informaram que só vão se manifestar após a análise do pedido.
Em agosto do ano passado, o Hospital do Câncer de Maringá foi reformulado. A fachada do prédio passou a estampar um novo nome e a instituição passou a trabalhar com um novo conceito. O Grupo Guirello ficou na administração do hospital, do Banco de Sangue de Maringá e também o Hospital Guirello. O objetivo demonstrado nas redes sociais, quando a mudança foi anunciada, era passar a atender cirurgias eletivas e oferecer aos pacientes ambientes personalizados e agradáveis.
Victor Cardoso
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