Somos potencialmente capazes de realizar tudo o que sonhamos? O que você acha?
Uma coisa posso assegurar: geralmente, fazemos muito menos do que podemos. Temos capacidade de realizar mais, ir além do que temos ou fazemos.
Três coisas geralmente nos limitam. A primeira, são as próprias circunstâncias ou as condições da própria natureza. Haverá ocasiões em que não há nada para fazer; não há como mudar.
Gosto de citar um exemplo… Talvez você gostaria demais de ser um atleta da NBA, a liga profissional de basquete dos Estados Unidos. Mas só chegou a um metro e sessenta de altura. É certo que poderá jogar basquete com os amigos, se divertir com esse esporte, mas, como jogador profissional, nunca poderá atuar. A natureza impôs um limite que te impede de realizar o seu desejo. Quem sabe possa até ser um técnico, um assistente, mas, como jogador, não vai rolar.
As circunstâncias também podem ser limitantes. Quem sabe a pessoa tenha tudo preparado para se mudar para o exterior, mas, por uma dessas coisas que não controlamos, a mãe desse indivíduo adoeça profundamente, carecendo de cuidados especiais. Talvez não exista outra solução: é preciso adiar os sonhos e cuidar da mãe doente.
Ou seja, enfrentamos sim algumas limitações que produzem barreiras, por vezes, intransponíveis.
Ressaltei, porém, que enfrentamos três tipos de limitações. A segunda é criada por nossas crenças. Às vezes, o problema está em nossa mente. Nós não nos achamos bons o suficiente. Ou ficamos preocupados com o que as pessoas vão pensar a nosso respeito e estacionamos, desistimos.
A terceira limitação que nos impede de realizar nossos sonhos é a pouca ou nenhuma disposição para o aprendizado. Por nos acomodarmos ou por nos fecharmos para novos conhecimentos, não avançamos, não nos desenvolvemos, não ganhamos forças competitivas para a concretização de nossos projetos.
Desses três tipos de limitações, apenas da primeira, não temos controle. Como disse, as circunstâncias e a própria natureza podem criar barreiras intransponíveis. Contudo, das duas últimas limitações, somos diretamente os responsáveis. As crenças limitantes são produzidas ou alimentadas por nós. E podemos superá-las. O primeiro passo é colocar em dúvida essas crenças. Quando surge em nossa mente aquela frase “eu não consigo” ou “eu não posso”, devemos questionar: quem disse que eu não posso? Quem disse que não consigo?
Gosto de lembrar de uma passagem bíblica. Quando Moisés morreu, Josué, escolhido como substituto, estava inseguro. Deus então fala com ele e diz: “seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”.
Sobre a terceira limitação, Deus nos deu um presente maravilhoso: a capacidade de aprender sempre. Mesmo idosas, as pessoas podem aprender coisas novas. A chamada plasticidade neural é um presente dos céus. Mas, frequentemente, negligenciamos esse dom natural e nos fechamos para o aprendizado. Achamos chato, difícil ou simplesmente pensamos que nosso conhecimento é suficiente
Acontece que num mundo de tanta concorrência e em constante mudança, quem não está disposto a aprender sempre não possui o capital competitivo necessário para grandes realizações.
Portanto, lembre-se, tirando as limitações naturais ou das circunstâncias, todas as outras limitações somos nós mesmos que criamos.
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Ronaldo NezoJornalista e ProfessorEspecialista em PsicopedagogiaMestre em Letras | Doutor em Educação
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