Início Colunistas Brasil coração do mundo, pátria do evangelho

Brasil coração do mundo, pátria do evangelho

O 7 de setembro de 2021, quando completamos 199 anos da proclamação da independência do Brasil,   foi  marcado por preocupações sobre a possibilidade de um golpe de estado, pelo presidente  da república, a partir  de possível baderna que poderia ter sido  provocada por manifestações convocadas por Bolsonaro e bolsonaristas, muitos radicais.

Felizmente a democracia continua, apesar dos pesares, e nossa pátria segue como o país destinado a ser o ponto de difusão do evangelho de Jesus Cristo, como soubemos através do  livro que leva o título deste texto,  ditado pelo escritor Humberto de Campos em 1938, quatro anos após a sua morte física, ao médium Chico Xavier. Em resumo, conta-nos Humberto de Campos:

“O mundo político e social do Ocidente encontrava-se exausto.   Desde as pregações de Pedro, o Eremita, até a morte do Rei Luís IX, diante de Túnis, acontecimento que colocara um dos derradeiros marcos nas guerras das Cruzadas, as sombras da idade medieval confundiram as lições do Evangelho, ensanguentando todas as bandeiras do mundo cristão. Foi após essa época,  que o Senhor desejou realizar uma de suas visitas periódicas à Terra, a fim de observar os progressos de sua doutrina e de seus exemplos no coração dos homens. (…)

 Mas, se Jesus vinha do coração luminoso das esferas superiores, trazendo nos olhos misericordiosos a visão dos seus impérios resplandecentes e na alma profunda o ritmo harmonioso dos astros, o planeta terreno lhe apresentava ainda aquelas mesmas veredas escuras, cheias da lama da impenitência e do orgulho das criaturas humanas, e repletas dos espinhos da ingratidão e do egoísmo. Embalde seus olhos compassivos procuraram o ninho doce do seu Evangelho; em vão procurou o Senhor os remanescentes da obra de um de seus últimos enviados à face do orbe terrestre. No coração da Umbria haviam cessado os cânticos de amor e de fraternidade cristã. De Francisco de Assis só haviam ficado as tradições de carinho e de bondade; os pecados do mundo, como novos lobos de Gúbio, haviam descido outra vez das selvas misteriosas das iniquidades humanas, roubando às criaturas a paz e aniquilando-lhes a vida. (…)

E a caravana fulgurante, deixando um rastro de luz na imensidade dos espaços, encaminhou-se ao continente que seria, mais tarde, o mundo americano. (…) . E, quando no seio da paisagem repleta de aromas e de melodias, contemplavam as almas santificadas dos orbes felizes, na presença do Cordeiro, as maravilhas daquela terra nova, que seria mais tarde o Brasil, desenhou-se no firmamento, formado de estrelas rutilantes, no jardim das constelações de Deus, o mais imponente de todos os símbolo. (…)

Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam hoje todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas, que fincou as balizas das possessões espanholas, trazia já, em seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo.”

Sobre a independência, Humberto de Campos disse: ‘O movimento da emancipação percorria todos os departamentos de atividades políticas da pátria; mas, por disposição natural, era no Rio de Janeiro, cérebro do país, que fervilhavam as ideias libertárias, incendiando todos os espíritos.

 Os mensageiros invisíveis desdobravam sua ação junto de todos os elementos, preparando a fase final do trabalho da independência, através dos processos pacíficos. Os patriotas enxergavam no Príncipe D. Pedro a figura máxima, que deveria encarnar o papel de libertador do reino do Brasil.

 Conhecendo as ordens rigorosas das Cortes de Lisboa, que determinavam o  imediato regresso de D. Pedro a Portugal, reúnem ­se os cariocas para tomarem as providências de possível execução e uma representação com mais de oito mil assinaturas é levada ao príncipe regente, pelo Senado da Câmara, acompanhado de numerosa multidão, a 9 de janeiro de 1822. D. Pedro, diante da massa de povo, sente a assistência espiritual dos companheiros de Ismael, que o  incitam a completar a obra da emancipação política da Pátria do Evangelho, recordando ­lhe, simultaneamente, as palavras do pai no instante das despedidas. (…)

 Em face da realidade positiva, após algum tempo de angustiosa expectativa, o povo carioca recebia, por intermédio de José Clemente Pereira, a promessa formal do príncipe de que ficaria no Brasil, contra todas as determinações das Cortes de Lisboa, para o bem da coletividade e para a felicidade geral da nação. Estava, assim, proclamada a independência do Brasil, com a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa.

 E complemento eu (Akino), o Brasil é uma  Pátria abençoada, criada por intervenção direta de Jesus Cristo, para ser o ponto de difusão do seu Evangelho e prosseguirá na sua caminhada de liberdade, com, sem, e apesar dos entes do mal, travestidos de do bem, enganadores, corruptos, ladrões, sejam de direita ou de esquerda. Nossa pátria é o conjunto de Almas do bem, brasileiros de verdade, cuja as armas de luta são o amor, solidariedade, compaixão, empatia, o trabalho. Por falar em trabalho, talvez esteja faltando mais trabalho e menos campanha eleitoral para o nosso presidente que só pensa na reeleição.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

COMPARTILHE: