Nos boletins de quinta e sexta-feira a Secretaria da Saúde de Maringá apontou que as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal e Pediátrica, exclusiva para casos da doença, estavam com três pacientes internados. Porém, havia atingido 100% no início da semana; os cinco leitos estavam ocupados por crianças infectadas pelo novo coronavírus.
A epidemiologista Fatima Marinho, da UFMG e integrante da organização de saúde Vital Strategies, alerta que o público infantil fica mais exposto à doença com o avanço da vacinação de adultos. Segundo ela, “a epidemia está rejuvenescendo e as crianças vão ser cada vez mais atingidas, principalmente pela variante que surgiu. Geralmente o quadro dos menores é mais estável e sem sintomas fortes; porém quando há uma grande quantidade isso pode comprometer o atendimento.”
Enquanto a imunização não é liberada para crianças, especialistas orientam que os pais e responsáveis fiquem ainda mais atentos aos cuidados de prevenção e a necessidade de eles receberem proteção contra a Covid-19. Os adultos próximos dessas crianças são considerados “fontes potenciais de infecção para os filhos”. Toda criança acima de dois anos deve usar máscara a todo momento que sai de casa.
“O principal prejuízo que essa pandemia trouxe para as crianças foi a questão social de interação e transtornos depressivos. É necessário o retorno seguro às atividades escolares. A volta é essencial para as crianças terem a vida voltada ao normal, porque o impacto pode ser muito mais profundo e prolongado do que se imagina”, conclui a epidemiologista.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução