O juiz Juliano Albino Manica, da 3ª Vara Cível de Maringá, deve decidir nesta semana sobre o pedido de recuperação judicial do Hospital do Câncer de Maringá/Instituto de Hemoterapia Maringá Ltda. O pedido tramita na justiça há 10 dias. O hospital e o banco de sangue demitiram funcionários em julho e agosto, que reclamam não ter recebido os direitos trabalhistas. Desde agosto do ano passado o HC é administrado pelo grupo Guirello.
Em fevereiro deste ano morreu o diretor executivo Martin Benitez Ramirez, que estava à frente do hospital desde 2018, vítima de complicações ocasionada pela covid-19. Em junho, representando o hospital, Luiz Arthur Moura Guirello participou de uma reunião na Prefeitura para que os hospitais e planos privados não fechassem as portas para pacientes. Um ano antes do ocorrido, o HC havia reclamado publicamente sobre o atraso no repasse de recursos por parte do SUS, o que foi desmentido pelas autoridades municipais da área de Saúde.
A direção do Hospital do Câncer de Maringá, no dia quatro de setembro, declarou que tem um pedido sendo analisado junto a Justiça. Os autores da ação, o HC de Maringá e o Instituto de Hemoterapia Maringá Ltda, alegam que a instituição passa por problemas financeiros. Agora cabe ao juiz definir se acata ou não a demanda. Alguns trabalhadores ressaltaram que estavam trabalhando na ala exclusiva para pacientes com coronavírus, atuando na linha de frente de combate à pandemia, e não foram reconhecidos.
“Vou acompanhar de perto todo esse caso. Esta é uma situação que pode afetar muito a população de Maringá e região. O hospital tem como foco principal uma especialidade crucial, que é o combate ao câncer. Ficamos apreensíveis com tudo isso e esperamos que a situação seja resolvida da melhor forma possível”, disse o secretário de Saúde do município, Marcelo Puzzi.
Os advogados do Hospital do Câncer de Maringá informaram que só vão se manifestar após a análise do pedido.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
