O diretor da 15ª Regional de Maringá, Ederlei Alkamim, informou que a Prefeitura de Maringá recebeu uma notificação por ter autorizado a vacinação de adolescentes de 17 anos sem comorbidades; a vacinação desse grupo não estava de acordo com o Plano Nacional de Imunização, ou seja, não há lotes de vacinas destinados aos jovens dessa faixa etária. Alkamim disse que a notificação serve como alerta, uma vez que as doses aplicadas não podem ser incluídas no sistema do Governo Federal.
“É que a vacinação de adolescentes de 17 anos sem comorbidades não estava no planejamento e, consequentemente, sem lote específico pelo Ministério da Saúde. Nossa preocupação é trabalhar para que nenhum grupo seja sobreposto, e sim que todos recebam as doses corretamente. A notificação é um alerta para isso, porque há a dúvida de como colocar essas doses no sistema do Ministério da Saúde, para que saiba que um lote foi vacinado em outro grupo. Isso causa transtornos. A notificação foi para que Maringá parasse e não avançasse a imunização para pessoas com 16, 15 anos e o problema ficasse ainda maior”, explicou o diretor da 15ª Regional de Saúde.
Por sua vez, a Prefeitura emitiu a seguinte nota na manhã de ontem: “A 15ª Regional de Saúde ratificou a recomendação do Ministério da Saúde. A Prefeitura já tinha conhecimento da recomendação e optou por dar continuidade à vacinação 17 anos. Hoje (segunda-feira) estamos aplicando as doses nas grávidas e puérperas. Quando chegar o novo lote de imunizantes, a Prefeitura vai analisar como deverá proceder.”
Na última sexta-feira, a Secretaria de Saúde de Maringá tinha avançado para a faixa de 17 anos, com vacinas da Pfizer. A administração justificou que como outras cidades do Brasil começaram a imunização, a vacinação para esse público também era possível no município. Tudo isso aconteceu no mesmo dia que o Ministério da Saúde recomendou que fosse realizada a imunização contra a Covid-19 em adolescentes sem comorbidades.
Victor Cardoso
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