O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 4,2% nos dois primeiros trimestres de 2021 (primeiro semestre) em relação ao mesmo período do ano passado. É mais um número que exemplifica a retomada da economia após os impactos causados pela pandemia nos primeiros seis meses de 2020. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Foram determinantes para esse número o aumento de 12,24% no valor adicionado da Indústria e de 2,59% no setor de Serviços. Conforme já registrado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Indústria apontou recuperação mais abrangente com a contribuição dos segmentos de veículos automotores e de máquinas e equipamentos, importantes para o parque fabril do Estado.
A elevação nos Serviços decorreu, principalmente, da expansão do comércio varejista, refletindo a retomada do consumo dos paranaenses.
De acordo com o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2021 cresceu 9,02% em relação ao mesmo período de 2020. A variação no comparativo com 2020 é explicada pelo conjunto de bons resultado em dois setores (a Indústria avançou 17,47% e os Serviços cresceram 6,55%) e pela base de comparação (esse período do ano passado foi marcado pelas medidas de distanciamento social).
Em relação ao trimestre imediatamente anterior (janeiro a março deste ano) o crescimento foi de 0,01% – apesar de pequeno, é o quarto aumento consecutivo na sequência trimestral.
No segundo trimestre de 2021, o PIB totalizou R$ 142,37 bilhões, sendo R$ 120,76 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 21,61 bilhões aos impostos.
“Os resultados positivos registrados pela maior parte das atividades produtivas não deixam dúvida quanto à recuperação da economia do Paraná, mesmo diante dos prejuízos impostos pelas adversidades climáticas à produção agrícola local”, afirmou Júlio Suzuki, diretor de Pesquisa do Ipardes.
QUATRO TRIMESTRES – Segundo o Ipardes, houve elevação de 1,29% no PIB dos quatro trimestres encerrados em junho. Esse crescimento foi consequência da expansão da Indústria (6,62%). Os motores foram a fabricação de produtos de madeira, borracha e metal, assim como de veículos automotores. A construção civil, que também apresentou ampliação no período, está dentro desse setor.
EXPECTATIVA PARA O FUTURO – O crescimento do PIB vem acompanhado de bons indicadores econômicos recentes, como a melhor geração de empregos da história do Estado para os primeiros meses de um ano, análise realizada mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e a evolução nos indicadores regionalizados da indústria, do comércio e de serviços, além dos investimentos em obras públicas, que mantiveram viés de alta mesmo com a pandemia.