As investigações levantaram sonegações bilionárias na comercialização de café em grão no Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Foram indiciadas 59 envolvidos em agosto e outros 11 no último dia 15. Mas o inquérito continua aberto e novos envolvidos com a organização criminosa podem ser apontados. Segundo a Polícia Civil, o esquema criminoso era responsável pela sonegação de impostos e creditação indevida de ICMS na compra e venda de café em grão cru, decorrente de comercializações interestaduais. Durante a ação, os policiais fizeram várias apreensões de celulares, computadores, documentos, carros de luxo e muita joia.
Na primeira fase da operação ocorrida em março foram cumpridos 16 mandados de prisão no Paraná, nove em Minas Gerais, três no Espírito Santo e dois em São Paulo. Na segunda fase , deflagrada em agosto, o foco esteve em torrefadoras , escritórios de corretagem e empresas de Londrina, Maringá, Ivaiporã, Faxinal, São Jorge do Patrocínio e Jesuítas, onde atacadistas e corretores de café possibilitavam a diversas torrefações do Paraná a aquisição do café em grão cru de duas formas – destinando o produto juntamente com créditos fraudulentos de ICMS advindos de notas fiscais falsas e através da aquisição do café em operações fraudulentas (dentro do Paraná), em que o recolhimento dos tributos não era feito. O café vinha geralmente de Minas Gerais e Espírito Santo.
Redação JP
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