Na manhã de ontem o Terminal Urbano de Maringá amanheceu praticamente vazio com o início de mais uma greve dos motoristas do transporte coletivo. Porém, a situação durou poucas horas. Pouco depois das 11 horas, o assessor jurídico das empresas Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e Cidade Verde, Fabiano Moreira, informou que os profissionais suspenderiam imediatamente a paralisação após aceitarem uma nova proposta. Além do reajuste salarial de 8,89%, foi oferecido um vale-alimentação extraordinário.
“Depois de uma reunião na sede do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) chegou-se a uma proposta que foi submetida a assembleia e a decisão da volta ao trabalho foi tomada. A normalidade deve acontecer nas próximas 24 horas. Avançamos em alguns pontos e ficou estabelecido que será feito o pagamento de um vale a partir de primeiro de outubro até a data base da categoria em maio; ainda estão sendo feito cálculos sobre o valor. Será esse vale, além do reajuste de 8,89%”, explicou Moreira.
No sábado, a Justiça de Maringá já havia determinado que o sindicato que representa os motoristas do transporte coletivo não poderia impedir a saída de ônibus da garagem da empresa. O mandado proibitório foi expedido pelo desembargador vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região, Célio Horst Waldraff. O documento determinou que “se abstenha de bloquear as entradas e portarias e que se abstenha de ameaçar, turbar ou esbulhar a posse das instalações”; a multa de descumprimento foi estipulada em R$ 100 mil por dia.
“O sindicato não impediu a saída dos ônibus. Mas tendo pouco ônibus rodando significa que a adesão ao movimento foi grande. A gente não tem como obrigar os trabalhadores a irem trabalhar. Isso é devido a toda essa crise que foi instalada. O movimento era para ter acontecido em julho. O sindicato seguiu o que determinava o mandado judicial e nenhuma garagem foi bloqueada”, disse o diretor sindical Emerson Viana.
Victor Cardoso
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