A Petrobras reajustou mais uma vez os preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras e os consumidores já sentiram no bolso a diferença dos novos valores. É o segundo reajuste somente em outubro. Em Maringá, é possível encontrar gasolina por até R$ 6,79 e Diesel a R$ 4,86. Quando a saída não pode ser trocar o carro por outro meio de transporte, como a bicicleta, o jeito é usar o veículo de maneira consciente e econômica.
De acordo com o engenheiro mecânico e professor do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Pitágoras Unopar, Henrique Rissá, um dos principais motivos para o aumento do consumo do combustível do veículo é a troca de marchas.
Ele explica que, muitas pessoas acabam trocando as marchas em alto giro e isso aumenta o consumo. O ideal é mudar a marcha antes de chegar a 2.500 rpm (gasolina/etanol) ou 2.000 rpm (diesel). A troca de marchas nessa faixa de rotação garante ainda a boa conservação da maioria das peças do conjunto motopropulsor.
Manter o carro em ponto morto, além de comprometer a segurança dos ocupantes, não gera nenhuma economia. Essa prática, segundo Rissá, acentua o desgaste precoce dos componentes do sistema de freios e não aproveita a redução natural de velocidade que pode ser obtida ao cessar a aceleração.
“Com a exceção de carros mais antigos, equipados com carburadores, os veículos atuais contam com o sistema injeção eletrônica de combustível, que gerencia de forma automática a admissão de ar e combustível por meio de uma central eletrônica que atua de acordo com os parâmetros informados por um conjunto de sensores instalados no conjunto motopropulsor. Assim, quando o motorista retira o pé do acelerador com o veículo ainda engatado a central de injeção eletrônica ativa o sistema de ‘cut off’, o que faz cessar a alimentação de combustível no motor contribuindo para o consumo mais racional de combustível além de diminuir a emissão de gases”, comentou ele.
Fazer a manutenção do carro, segundo o especialista, ajuda na hora de economizar combustível. Um veículo revisado e com todas as manutenções em dia apresenta melhor performance e menor consumo de combustível. Importante observar componentes como filtro de ar, filtro de combustível e válvulas injetoras (bicos), se estiverem parcialmente obstruídos ou em mau estado de conservação elevam o consumo.
“Evite acessórios desnecessários. Eles podem aumentar seu consumo com combustível. Esses acessórios que alteram as características originais do veículo provocam mais resistência contra o ar, prejudicando a aerodinâmica e aumentando o consumo final. E claro, sempre abasteça em postos de confiança e caso note diferença de desempenho ou trepidações excessivas em marcha lenta logo após abastecer seu veículo leve-o imediatamente ao seu mecânico de confiança e o informe do ocorrido”, concluiu o engenheiro.
Existe um cálculo importante a ser feito. Caso o carro seja flex, para saber se vale mais a pena colocar gasolina ou etanol, a conta é simples: divida o preço do combustível vegetal na bomba pelo derivado do petróleo. Se o resultado foi inferior a 0,7, peça etanol ao frentista; caso contrário, gasolina. O profissional reforça ainda que nunca encha o tanque até borda, combustível em excesso prejudica o desempenho do automóvel.
PEDAL
Quem não pedalava passou a usar a bicicleta como meio de locomoção ou esporte durante a pandemia do novo coronavírus e com a alta do combustível essa também passou a ser uma opção para economizar.
Em Maringá, o uso de bicicletas e patinetes tem aumentado pelos atuais 41 quilômetros de ciclovias. Mais nove quilômetros de novas vias já estão projetados para o próximo ano.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, estão agendadas a revitalização das ciclovias das avenidas Pedro Taques, Mandacaru e trecho da avenida Brasil, somando 10km.
Outros 15 quilômetros de ciclovias estão em estudo. Entre eles, na avenida Tuiuti, indo do Contorno Norte até a avenida Brasil, num trecho de 4,4 km. E ainda há o prolongamento de 3,4 km da ciclovia da avenida Cerro Azul, chegando até o Contorno Sul. A Prefeitura de Maringá também discute com os governos estadual e federal a construção de novas vias ligando Maringá com cidades próximas.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
