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Maringá teve aumento de 40% no preço da gasolina em 2021

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou uma pesquisa entre janeiro e outubro de 2021 e constatou que Maringá teve um aumento de 42% no preço médio da gasolina. Além disso, o município foi o que teve o maior preço do combustível a preço médio de R$ 6,25 o litro em outubro; ficando a frente de Cascavel, cobrando R$ 6,16 o litro, e Londrina com R$ 6,12. Esse levantamento foi feito com amostras de 50 postos da Cidade. O menor preço de venda, também em outubro, foi R$ 6, o maior R$ 6,93.

O estudo apontou ainda possíveis causas para o aumento do preço da gasolina, sendo a política de preços da Petrobras (Política de Paridade de Preços de Importação) o principal fator. O sistema define que a empresa acompanhe a cotação do barril do petróleo no mundo e leve em consideração a desvalorização do real frente ao dólar. O preço do barril do petróleo vem aumentando por conta do consumo em 2021, em função da retomada econômica em alguns países com o avanço da vacinação contra Covid-19.

Há expectativa que este ano a demanda global por petróleo aumente de 5,9 milhões de barris por dia para 95,9 milhões de barris. A informação é da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Em janeiro, o barril custava US$ 51,09, já em outubro passou para US$82,64, alta de US$31,55 ou 61,7%. Além disso, o reajuste realizado pelas distribuidoras e revendedoras impacta o aumento do valor para o consumidor final.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Conumidor Amplo (IPCA), cerca de 13,5% do orçamento familiar é comprometido com despesas com combustíveis, energia elétrica e gás de cozinha. A gasolina representa 6,09% no orçamento. Outro vilão é o gás de cozinha com aumento de 29% em Maringá e que tem impacto importante nos custos das famílias com renda mais baixa, principalmente. E a previsão não é boa para o último mês deste ano.

Em dezembro a estimativa é que o litro de gasolina possa chegar a R$ 7,44. Já para 2022, é esperado que o preço do barril volte a cair por conta do aumento da produção mundial que voltará a atender a demanda crescente. A queda internacional deve refletir nos valores da gasolina e também do gás de cozinha.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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