O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações perdeu mais de R$ 600 milhões de recursos do orçamento, isso significa 92% do total. Em Maringá esse reflexo é sentido, onde 456 bolsistas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) estão sem receber desde setembro. No Congresso Nacional há uma mobilização para reverter a situação; é o projeto de lei 17.2021 que propõe uma suplementação orçamentária.
Do total de bolsas em atraso estão 168 estudantes de cursos de licenciatura pertencentes ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e 288 graduandos que recebem bolsa pela Residência Pedagógica (RP). Segundo os alunos, eles não receberam o pagamento de setembro e correm o risco de também não receber o valor de outubro.
“Com o corte de bolsas, esses programas estão sendo ameaçados de não ter o seu pagamento na sua continuidade, visto que nós tivemos um projeto que foi aprovado que cortou o orçamento para a ciência dos recursos da Capes destinados aos investimentos de desenvolvimento científicos do nosso País e onde o Pibid e o Residência Pedagógica que são programas da Capes também sofreram esse corte proveniente do Ministério da Economia”, explicou a pró-reitora de Ensino da Universidade Estadual de Maringá, Alexandra Cousin, em entrevista para a Rádio CBN Maringá.
Ela continuou dizendo que desde o corte anunciado, os programas estão entrando em colapso. Já sobre o projeto que está tramitando no Congresso, salientou que o assunto já passou pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). No País existem 60 mil bolsistas e o valor necessário no orçamento para o pagamento até março é de R$ 124 milhões.
Victor Cardoso
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