A Companhia Paranaense de Energia Elétrica – Copel vai inspecionar as linhas de alta tensão que cortam os municípios para verificar se nos locais onde existe tráfego aéreo, como em Maringá, as normas de segurança e a sinalização seguem os padrões ou se precisam de ajustes. A última linha de alta tensão que atravessou o município foi implantada há poucas semanas e passa pela Zona Sul da Cidade e atravessa de Mandaguaçu em direção a Marialva quase na divisa entre Maringá e Ângulo. Na passagem sobre a Estrada dos Miosótis foram colocadas cinco esferas laranja de sinalização para tráfego aéreo.
Na verdade, elas se chamam esferas de sinalização diurna. Essas esferas são equipamentos de segurança que devem ser instalados nos cabos das torres de transmissão que ficam em locais sujeitos a voos de aviões e helicópteros, para servirem de alerta aos pilotos para que não se aproximem dos cabos e venha a ocorrer um acidente.
Essas esferas de sinalização são fixadas em alguns casos no cabo para-raios, no condutor de maior altura ou em ambos os casos. Elas são usadas para destacar estruturas (neste caso, cabos) quando é impraticável torná-las visualmente reconhecíveis (geralmente à distância), pintando-as. Você verá essas esferas em extensos cabos que atravessam não só rodovias, como também cânions, rios, lagos e vales. Devem ser facilmente visíveis a alguns milhares de metros de distância. É por isso que elas são grandes o suficiente para serem observadas à distância. Além disso, elas geralmente são fabricadas com cores que oferecem o máximo contraste com o terreno de fundo.
Tais equipamentos de segurança foram projetados para resistir a intempéries e raios ultravioletas, além de não entrarem em atrito com o cabo e nem causar eletrólise ou ressonância harmônica durante eventuais vibrações. Podem resistir à corrosão, ferrugem, água, poeira e alta temperatura, podendo ser usadas por muito tempo. De modo geral, as esferas de sinalização são feitas de resina de poliéster e reforçadas com fibra de vidro, contando com cerca de 600 mm de diâmetro e pesando em média 5 kg.
Próximo ao Aeroporto Regional de Maringá, também há linhas de alta tensão e todas elas apresentam as esferas de sinalização na cor laranja, mas que devido ao tempo, em que muitas delas a cor desbotada pode oferecer perigo na medida em que perde sua visibilidade.
A Copel está utilizando drones para estas inspeções e também, por orientações da Agência de Aviação Civil – Anac, segue o manual de normas que define onde e como a sinalização deve ser utilizada. A empresa adquiriu 100 drones para uso em inspeções em linhas de distribuição de média e alta tensão em todo o Estado. Os equipamentos visam inspeções preventivas e corretivas nos mais de 200 mil quilômetros de linhas de distribuição da companhia.
A ideia é garantir mais segurança e agilidade aos trabalhos de eletricistas, que todos os dias precisam verificar linhas, chaves, transformadores e demais equipamentos da rede, especialmente em locais de difícil acesso. Cerca de 100 profissionais da empresa foram treinados em Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Curitiba em junho para operarem os novos drones.
Jorge Henrique Lopes de Oliveira
Foto – Alessandro Vieira