Início Destaques do Dia Cirurgias eletivas em Maringá tem fila de espera com 7.953 mil pessoas

Cirurgias eletivas em Maringá tem fila de espera com 7.953 mil pessoas

Durante a pandemia, muitas cirurgias eletivas, aquelas que não são consideradas de emergência e não precisam de leito de UTI, foram canceladas em Maringá. Geralmente o paciente pode esperar pelo procedimento, porém tem necessidade de fazê-lo e não pode esperar por tanto tempo. Depois de 14 meses, as cirurgias foram retomadas no município e já somam, de janeiro a setembro, 6 mil procedimentos realizados. Todavia, na fila de espera para cirurgias eletivas, tem 7.953 pessoas aguardando.

A Secretaria de Saúde informou que começou a avaliar e reavaliar pacientes que estão na fila para dar encaminhamento aos pedidos. Objetivo é saber se há necessidade da cirurgia. Marcelo Puzzi, secretário da pasta, disse que as áreas com mais pedidos são ortopedia e oftalmologia, que não leva risco a vida dos pacientes.

“A fila que temos está sendo reformulada com o objetivo de organizar hospitais, profissionais e pacientes. Lembrando que as cirurgias foram suspensas por conta da pandemia na intenção de deixar leitos livres para as pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Assim como outros procedimentos que precisavam ser feitos com urgência. Uma licitação está em andamento para que as pessoas tenham ferramenta e consigam agendar de forma online e ter outras informações por meio da tecnologia”, explicou o secretário.

Marcelo Puzzi disse que a Saúde está em busca de recursos financeiros de Deputados Estaduais e entidades para resolver o quanto antes o problema da população.

BRASIL

O Brasil deixou de realizar ou adiou pelo menos 2,8 milhões de cirurgias eletivas em 2020, em função da pandemia, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Na lista estão cirurgias simples como a de catarata, hérnia, vesícula, varizes e postectomia. Assim como aconteceu com os procedimentos ambulatoriais, a redução no volume de cirurgias, hospitalares ou ambulatoriais, também afetou todas as Regiões do País. A expectativa do CFM é de que os dados ajudem os gestores de saúde a traçarem suas estratégias para retoma os atendimentos de forma segura.

Entre março e dezembro de 2020, o Sistema Único de Saúde realizou cerca de 4,6 milhões de cirurgias eletivas, quase 3 milhões (38%) abaixo dos 7,5 milhões acumulados no mesmo período do ano anterior. Os resultados mostram que houve redução de aproximadamente 1 milhão de cirurgias relacionadas a pequenas cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa e 418 mil cirurgias do aparelho da visão, além de impacto significativo em procedimentos ligados ao aparelho digestivo (-276 mil), geniturinário (-211 mil), entre outros.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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