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Estradas rurais viraram lixão a céu aberto

A morte de Paulo Moura dos Santos, de 43 anos, a tiros no dia 11 de outubro, na Estrada Miosotis, zona rural de Maringá e cujo corpo fora encontrado caído ao lado de uma picape Ford/Courrier  que descarregava no local algumas placas de gesso revela um outro grave problema: a falta de local oficial de descarte de materiais e um volume cada vez maior de detritos jogados ao longo das estradas rurais que cortam o município.

A estrada Miosótis é o grande exemplo. Em quase todo o seu curso até o rio Pirapó, a partir da continuação com a avenida Kakogawa na Zona Norte da cidade, é possível encontrar todo tipo de material descartado que vai de animais mortos – revelados por forte odor acre de restos em putrefação – a lixo orgânico, gesso (como no caso do crime), móveis velhos e muito lixo industrial, como restos de vidros, material de construção, esquadrias de alumínio, fios e equipamentos danificados e velhos.

Ao ar livre é possível encontrar baterias, material químico, plástico, tecidos, madeira, móveis velhos.

Para tentar evitar que as pessoas continuem esta prática criminosa a Prefeitura lançou a Central Maringá Cidade Limpa, serviço implantado para o recolhimento de inservíveis, inclusive os volumosos, como sofás velhos, geladeiras, máquinas de lavar roupas, eletrônicos, além de restos de construção de galhadas.

Os pedidos devem ser feitos pela população pelo Whatsapp número (44) 99103-2432, com o envio de fotos do que deve ser recolhido. Os  materiais devem ser colocados na frente da casa da pessoa no dia agendado. Poderão ser descartados dois itens por residência no mês.

O secretário de Limpeza Urbana, Paulo Gustavo Ribas, disse que é um desafio acabar com o descarte irregular de lixo. “Vamos intensificar a fiscalização de descarte de volumosos com a integração de várias secretarias, colocando em prática o conceito de cidade inteligente. Reforçamos que precisamos da conscientização da sociedade em relação ao problema”, afirma. Ele lembra que nos primeiros cinco meses deste ano, a secretaria recolheu 4,5 toneladas de lixo descartado de forma irregular. Apesar de parecer muito, basta lembrar que um caminhão pode transportar até 20 toneladas de material.

Quem jogar, colocar ou descartar de qualquer outra forma lixo em vias públicas de Maringá poderá ser multado em valores que vão de R$ 100 a R$ 7 mil e ainda responder na Justiça por prática de crime ambiental, que prevê várias sanções, inclusive prisão. Descarte irregular passa a ter punição tanto para pessoas físicas, quanto para empresas. Projeto nesse sentido foi aprovado em primeira discussão, por unanimidade dos vereadores presentes na Câmara Municipal de Maringá e estabelece as punições para quem for flagrado descartando lixo de forma irregular.

Jorge Henrique Lopes de Oliveira
Foto – JHL

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