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A república e Dom Pedro II

No último dia 15 comemoramos os 132 anos que aprendemos nos livros de história,  como proclamação da republica, e alguns historiadores consideram como um golpe, contra a monarquia instalada no  pais desde 1822, e tinha D. Pedro II, como chefe de governo. Coube ao Marechal Deodoro da Fonseca o comando do referido ‘golpe’, após longo período de  insatisfação dos militares com  a gestão do imperador.
           
Na época o Imperador I estava muito doente  e sua sucessora seria a princesa Isabel, que um ano havia assinado a  lei da abolição,acabando oficialmente com a escravidão no Brasil. Seu esposo, que diziam a influenciava, era  figura impopular que havia criado conflito com os militares por ocasião da guerra com o Paraguai em 1870, deixando dívidas  que contribuíram para uma crise econômica  e a Monarquia era considerado um sistema  atrasada.
           
Para alguns historiadores, a primeira república brasileira não foi proclamada, mas  aclamada , pela pouca resistência que encontrou por parte dos defensores da Monarquia. Nas imediações do Palácio, morava  Duque de Caxias  que foi  um dos comandantes da Guerra do Paraguai.

Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro saiu de sua casa no centro do Rio, próximo à Central do Brasil, para proclamar a República  acompanhado por uma tropa de cerca de mil militares.  Logo após consumada a declaração de instalação da republica , deu-se  um  prazo para que a família real deixasse o país.   Depois da expulsão, Dom Pedro II escreveu “Resolvo, cedendo ao Império das circunstâncias, partir com toda a minha família, amanhã, deixando esta pátria de nós estremecida. Conservarei do Brasil a mais saudosa  lembrança, fazendo ardentes votos por sua grandeza e prosperidade.

Consumou-se a instalação da  republica presidencialista, que é diferente da  parlamentarista . Há, hoje ainda,  adeptos da  volta da  monarquia, pelas lembranças de Dom Pedro II, sobre o qual estenderemos uma pouco mais.

 Dom Pedro II  herdou o trono e  foi coroado Imperador , em substituição do seu pai, D. Pedro I, que  após a independência do Brasil,  em 07 de setembro  1822 , foi o chefe de governo até 07 de abril de 1931, quando abdicou do trono, para voltar a Portugal.

Na época estava com  de 05 anos e obviamente não poderia governar. A solução estava na constituição de 1824, que  em seu Capítulo V, ordenava que o comando do Império fosse delegado a uma Regência, até que a maioridade fosse completada, valendo ressaltar que a maioridade prevista pelo artigo 121 da referida Constituição era de 18 anos completos.

Após alguns  regentes, inclusive um que virou nome de cidade na região de Presidente Prudente, o Padre Diogo Feijó, o Regente Feijó, houve um casuísmo, que em  1840 com uma subversão parlamentar da Constituição de 1824, ficou conhecida como o  o golpe da maioridade, possibilitou a D. Pedro II, então com 15 anos de idade, assumir o trono imperial, ficando no cargo  por 59 anos.

Sobre Dom Pedro II, há uma informação espiritual que só o principio da pluralidade das existências pode fazer acreditar. Ele seria a reencarnação de Longinus, o soldado romano que perfurou Jesus com uma lança e não por maldade. Durante o percurso do calvário Longinus escutou alguns homens do Sinédrio comentarem que os joelhos de Jesus deveriam ser quebrados, pois as profecias diziam que o Messias não teria nenhum osso quebrado (Salmo 34:20 – Êxodo12:46),(…)escutando tal conversa, ficou indignado com tal perversidade contra um homem humilde, já com o corpo abatido, e sem ter realizado nenhuma reclamação ou revolta, estando em tal situação.
         
Então, no momento de quebrarem os joelhos dos crucificados, Longinus vai até Jesus e assim, para comprovar-lhe o óbito sem a necessidade dos seus joelhos serem quebrados , perfurou-lhe o corpo com uma lança. O líquido saído do corpo de Jesus bateu nos olhos de Longinus, curando-o instantaneamente da sua grave doença ocular, e também o curando na alma, pois atribui-se a ele as palavras de um soldado presente na hora da morte de Jesus: “Verdadeiramente, este homem era o filho de Deus”. Depois desse fato  converteu-se e abandonou o exército romano.

No Livro Brasil, coração do mundo- pátria do evangelho, Humberto de Campos narra que definitivamente proclamada a independência brasileira, o guia espiritual do Brasil, Ismael, leva a Jesus o relato de todas as conquistas verificadas, solicitando o amparo do seu coração compassivo e misericordioso para a organização política e social do país.

Assim, Jesus chamou Longinus à sua presença, e falou com bondade: ‘Sente-se o teu coração com a necessária fortaleza para cumprir uma grande missão na Pátria do Evangelho?” Longinus aceitou a missão e   no dia 2 de dezembro de 1825, no Rio de janeiro, nascia de Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro, aquele que seria no Brasil o grande imperador e que, na expressão dos seus próprios adversários,  “o maior de todos os republicanos de sua pátria.”

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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