O mutirão de consultas, exames e cirurgias eletivas da Prefeitura foi lançado na manhã de ontem em Maringá. Com mais de R$ 20 milhões de investimentos de recursos próprios, o objetivo é reduzir a fila de espera na rede municipal de saúde que está em torno de 7,5 mil pacientes. Os procedimentos cirúrgicos serão realizados no Hospital Municipal, Santa Rita, Santa Casa, Hospital Universitário e Memorial. Parte dos exames vão acontecer no Hospital do Câncer. Alguns locais particulares foram conveniados para atender a demanda no município.
São aproximadamente 100 mil consultas represadas e 140 mil exames a serem feitos. As cirurgias eletivas ficaram cerca de 18 meses suspensas em todo o Paraná devido o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Mesmo assim, em Maringá, somente neste ano, foram realizadas mais de 5 mil cirurgias sem complexidade, aquelas onde o paciente não ocupa leitos pós cirúrgicos ou UTI.
“Existe uma portaria que aprova, em situação de emergência com quase dois anos sem cirurgias, serem realizadas duas vezes a tabela sus; ou seja, o município vai pagar o dobro em cada procedimento. Um exemplo prático é uma consulta especializada, fica em torno de R$ 10, Maringá vai pagar R$ 20. Uma cirurgia de apêndice que fica próximo a R$ 140 reais, o município pagará cerca de R$ 250. Se não tiver esse incentivo aos profissionais não trabalharão incansavelmente durante noite e final de semana para acabar com a fila de espera”, disse Marcelo Puzzi, secretário de Saúde.
O secretário informou ainda que a fila não é zerada porque todos os dias há novos pedidos de procedimentos, assim como consultas e exames. A Secretaria de Saúde fará contato com todos os pacientes em espera; para as pessoas que não têm cadastro atualizado é importante compareçam à Unidade Básica de Saúde (UBS) referência mais próxima da casa e faça a atualização. Posteriormente o contato será feito para encaminhamento.
Ulisses Maia, prefeito de Maringá, explicou que o orçamento da Saúde é 15% de toda arrecadação e com a pandemia já chegou a 25%. Ele garantiu que para o mutirão não será usado nenhum recurso da Saúde, mas sim montante da fonte livre, dos R$ 100 milhões reservados para compra de vacinas. Os casos de cirurgias e atendimentos serão reclassificados dando prioridade a situações urgentes. O serviço será para moradores de Maringá cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Victor Cardoso
Foto – Reprodução