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Um “discípulo” na Presidência

O Presidente Bolsonaro se diz um cristão, crente em Deus, dando a entender que  por isso seria um bom presidente, que teria sido ungido  com uma missão perante o povo brasileiro. Será mesmo? Como auferir se é verdade? Vive dizendo que no seu governo não há corrupção, portanto estaria cumprindo mandamento de não roubar, embora, ao estimular o uso de armas, possa estar transgredindo o de não matar.
           
Já o ex,  Lula, que se diz católico, também usa e abusa do nome de Deus, muitas vezes em vão, como logo após a sua posse, em evento no lançamento do programa  de combate à fome,  ao dizer que só não acabaria com a fome no Brasil, se Deus não quisesse.  E segundo matéria do UOL, de 26/09/2016, disse que não queria se comparar a Jesus Cristo, ( já se comparando)”, mas ele também foi perseguido. Herodes mandou matá-lo antes de nascer. 
        
Sérgio Moro, que surge como uma terceira via e com muita viabilidade política, apesar da pouca experiência, é católico discreto, não fica repetindo o nome Deus, nem  se comparando a Jesus,  ou se dizendo-se Cristão.
        
Qual o Presidente que desejamos, que seria bom para as pessoas acima tudo? Um católico, um evangélico, alguém sem religião, já que o estado é laico? Observemos alguns dos dez mandamentos, que foram recebidos mediunicamente pelo profeta Moisés. Eles são  o primeiro  histórico do Deus único que se tem notícia até os dias de hoje. Sintetizam  a conduta moral que a humanidade deve ter e seguir.

Os Dez Mandamentos são descritos nas escrituras sagradas em  Êxodo, 20, 2 a 17 e repetidos  em Deuteronômio, 5, 6 a 21, usando palavras similares.  Para fins de reflexão quanto ao comportamento de políticos, empresários, servidores públicos e todos nós que nos consideramos honestos, sérios, corretos, por nos dizermos Cristãos, crentes em Deus, reflitamos sobre os seguintes: V. Não mateis. VI. Não cometais adultério. VII. Não roubeis. VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
        
Nas obras da codificação Espírita encontramos os seguintes comentários sobre os mandamentos acima destacados: Não mateis: Responsabilizar-te-ás pelas vidas que deliberadamente extinguires. E nós completamos, entendendo que  quando um governante estimula compra de armas, manifesta-se a favor que as policias a matem criminosos, antes de tentar detê-los, estará agindo frontalmente contra o mandamento.

Não cometerás adultério. Foge de obscurecer ou conturbar o sentimento alheio, porque o cálculo delituoso emite ondas de força desorientadas que se voltarão contra ti mesmo. Aqui completamos: A palavra adultério não deve ser entendida, nesse caso, exclusivamente no seu sentido próprio, mas bem mais amplo. Jesus a empregou frequentemente para designar o mal, o pecado, e todo mau pensamento, como, por exemplo, na passagem: “Porque qualquer um que se envergonhar de mim e de minhas palavras – nesta geração adúltera e pecadora – o Filho do Homem dele também se envergonhará, quando vier acompanhado dos santos anjos na glória de Seu Pai.” (Marcos, VIII:38). Podemos falar, digo eu,  a adulteração de combustíveis, de documentos, tudo que representar alteração de algo original,  para se beneficiar e causar prejuízos ao erário, no caso de licitações, e a terceiros nas nossas relações sociais.

Não roubareis. Evita a apropriação indébita para que não agraves as tuas próprias dívidas. Completaríamos:  Bem, não precisamos falar muito  mais(…).Quem recebe propinas e empreiteiros, ou apartamentos, sítios, qualquer presente para beneficiar esse ou aquele,(…), se apropria de assessores fantasmas (…)

Não prestareis falso testemunho contra o teu próximo. Afaste de teus lábios toda a palavra dolosa a fim de que não se transforme, um dia, em tropeço para os teus pés. Os que mentem descaradamente e quantos políticos podem dizer que não mentem para os eleitores?
        
É, caros leitores, talvez precisemos  de um discípulo de Cristo na Presidência. A palavra discípulo significa, quem recebe disciplina ou instrução de outra pessoa;  aluno, quem segue as ideias ou imita os exemplos de outro.
        
Que seja alguém, mesmo não sendo ‘terrivelmente evangélico’, ou católico, de qualquer credo ou sem credo algum, em matéria de religião, tenha aprendido o contido nesses mandamentos e não mate, nem roube, não adultere, nem minta, prestando falsos testemunhos, dizendo uma coisa antes de ser eleito e no cargo fazer tudo diferente.
        
Que seja discípulo da moral, da ética, e da verdade. Nas próximas eleições, teremos mais uma oportunidade. Que o eleitor tenha discernimento suficiente.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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