Início Policial Testemunhas confirmam na Justiça denúncias de corrupção contra policiais rodoviários

Testemunhas confirmam na Justiça denúncias de corrupção contra policiais rodoviários

As testemunhas disseram em depoimentos que policiais rodoviários estaduais cobravam propina para liberar mercadorias ilegais por eles aprendidas na região.

Cerca de 14 policiais militares lotados na PRE, inclusive o comandante da 4ª. Companhia de Maringá foram presos em julho último no âmbito da Operação Força e Honra , comandada pelaCorregedoria da Polícia Militar e  Ministério Público do Paraná. As investigações levantaram elementos de prova contra os PMs, acusados de cobrar propina de contrabandistas e até traficantes de drogas, além de falsificar os relatórios das apreensões que realizavam, encaminhando para a Receita Federal menos produtos do que os realmente apreendidos nas estradas do Noroeste paranaense. Uma testemunhas se disse vítima de achaque dos policiais e mesmo pagando propina teve sua mercadoria apreendida. “Como de costume, eu deixava o café deles (propina). Naquele dia, eu deixei e mesmo assim eles levaram o carro e a mercadoria presa”, afirmou a testemunha.

O principal alvo das investigações foram policiais que trabalhavam no posto de Cruzeiro do Oeste, por onde passa grande parte de mercadorias do Paraguai  vindas da região de Guaíra. Durante a audiência de instrução, a Justiça ouviu ainda dois policiais que fazem parte da Corregedoria da Polícia Militar. Ambos foram responsáveis por investigar os próprios colegas. “As conversas eram diuturnamente referentes a como conseguir dinheiro, onde conseguir dinheiro, o que vou fazer pra lavar meu dinheiro”, afirmou o policial. 

Entre os presos por facilitação de passagem de veículos com mercadorias ilegais, inclusive drogas, estava o comandante da 4ª. Companhia da Polícia Rodoviária Estadual, com sede em Maringá,  capitão Rodrigo dos Santos Pereira. De acordo com as investigações, ele recebia pagamentos mensais para acertar a escala dos policiais corruptos no posto de Cruzeiro do Oeste.  Gravações de conversas interceptadas pelos investigadores com a autorização da Justiça revelaram a ação do grupo e o pedido de até R$ 200 mil em propina feito por policiais rodoviários. Os acusados chegaram a abrir até um loja para revender os produtos desviados.

Redação JP
Foto – G1

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