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Saúde confirma morte por H3N2 em Maringá e monitora outros suspeitos

A Influenza H3N2, uma mutação do Influenza A(H3), vírus que circula há pelo menos cinco anos no Paraná, foi identificada em 20 pessoas no Estado. De acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) a primeira morte pela nova variante registrada é de uma mulher de 77 anos moradora de Maringá. A idosa foi internada com sintomas da gripe dia oito de dezembro e morreu três dias depois.

Com o caso, a Saúde passou a monitorar a sobrinha da idosa que era uma espécie de cuidadora da tia. Segundo a pasta, a sobrinha não tem nenhum sintoma gripal e vem recebendo apoio da Vigilância durante a semana. Marcelo Puzzi, secretário de Saúde informou que outros casos da doença estão em análise.

“São todos importados de outros estados, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. Então a gente está fazendo o monitoramento bastante eficaz em cima da Vigilância em Saúde com a Epidemiologia para conter esse tipo de doença que é uma cepa nova. Existe outro caso de H3N2 em Maringá. Uma mulher que estava em viagem a São Paulo. No retorno, ela fez o teste por sintomas leves gripais e segue isolada, sendo medicada e acompanhada”, explicou Puzzi.

Outras 12 cidades do Paran também registraram casos de Influenza H3N2 como Campo Largo (dois casos), Campo Mourão, Castro (dois), Cornélio Procópio (um), Curitiba (um), Guarapuava (um), Paranaguá (três), Pato Branco (três), Pinhais (dois), Tapira (um), Toledo (um), Resende (um) e Rio Negro (um).

“Não há motivo para pânico, porque o Estado não enfrenta cobertura a um surto de gripe. O problema é que a vacinal contra a gripe está baixa, em torno de 70%. A meta é atingir 90. As unidades de saúde ainda têm doses disponíveis e as pessoas podem se vacinar.

A campanha começou no dia 12 de abril. No ano passado, o Paraná conseguiu atingir a maior cobertura vacinal dos últimos cinco anos: 98% do público-alvo”, tranquilizou o secretário de Saúde do Paraná Beto Preto

Todavia, o Paraná registra casos da Influenza desde 2016, quando o sistema estadual iniciou o monitoramento com os boletins epidemiológicos. Em 2016 foram quatro casos e um óbito; 2017, 205 casos e 35 óbitos; 2018 com 364 casos e 58 óbitos; 2019, 54 casos e 13 óbitos; 2020 somente dois infectados e um óbito; e 2021, até agora foram 20 casos e um óbito.

VACINAÇÃO

Desde o dia oito de julho, a Secretaria de Saúde de Maringá passou a disponibilizar a vacina contra a gripe em todos os postos do Município para pessoas a partir de seis meses de idade. A medida foi tomada devido aos baixos índices de imunização da população; e a procura ainda continua baixa assim como no Paraná que atingiu 70,40% da população. Em 2020, o número foi 98,41%.

O secretário alerta que as medidas de combate ao coronavírus se estendem para prevenção da Influenza, como o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social. A orientação é que procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência para receber a vacina contra a gripe. É preciso apresentar documento com foto, CPF e carteira de vacinação.

“Não temos os dados de todos os pacientes que estão vindo com sintomas. Mas podemos afirmar que não temos surto da doença, porém outros casos foram diagnosticados,  exames coletados e levados até o laboratório responsável em Curitiba. A proximidade com São Paulo, nesse sentido, deve ser observada com cautela. Nosso alerta é para se cuidar ainda mais caso tenha ido até o estado que vive um surto da doença. Essa gripe sofreu mutação e pode ser muito mais grave”, concluiu Puzzi.

O Estado recebeu 5.165.200 vacinas contra a Influenza enviadas pelo Ministério da Saúde para a campanha deste ano iniciada em 12 de abril. A vacina também é disponibilizada na iniciativa privada e pode ser aplicada em todas as pessoas acima de seis meses de idade.

MORTE

A primeira vítima da Influenza H3N2 no Estado tinha comorbidades e havia tomado a vacina contra a Influenza em outubro deste ano, de acordo com informações da Sesa. Agora a Secretaria Municipal vai levantar os dados sobre o óbito. Puzzi explica que a vacina não foi desenvolvida especificamente para a nova variante, mas que aumenta a imunidade das pessoas e dificulta a infecção.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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