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Intensamente desejado

Aqueles eram dias acabrunhadores. Aproximava-se a festa dos ázimos, ou seja, a Páscoa. A hora era de intranquilidade. Os sacerdotes arquitetavam o melhor plano para prender o Nazareno.

Desejavam tê-lO em suas mãos, julgá-lO e fazer com que desaparecesse. A Sua presença punha em risco toda a hierarquia sacerdotal. Eles sentiam que, dia a dia, perdiam seu status.

O povo seguia aquele Mestre que nada pedia senão que amassem a Deus e ao seu próximo. Não exigia dinheiro para ser ouvido, seguido ou oferecer as Suas bênçãos.

Jesus, o Mestre, de tudo estava ciente. Não somente por conhecer as escrituras, o que haviam falado os profetas a respeito do Messias. Mas, sobretudo, por estar plenamente cônscio do preço que deveria pagar, nas mãos de homens que não desejavam a Sua mensagem.

Então, Ele pediu a Pedro e João que entrassem na cidade de Jerusalém e preparassem o lugar para a celebração da Páscoa. Quando Ele se encontra no aposento, junto aos doze, afirma: Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco.

São palavras que expressam um grande desejo. Era a última Páscoa em que estaria com eles. O Cordeiro sabe que logo mais haveria de ser sacrificado. Sua doação derradeira é estar com os Seus. Todos sabemos como aquela noite se fez de importância, pelas recomendações apontadas, por todas as revelações apresentadas. Uma noite inesquecível para aqueles corações.

O calendário terreno nos anuncia que o Natal se aproxima. A data em que nós, os humanos, elegemos, para recordar a vinda do Rei. O Rei Solar, o Governador Planetário, nosso Mestre e Senhor. A pessoa mais ilustre que esta Terra já abrigou, em suas estradas.

Muito importante que imitemos o Nazareno, parafraseando a Sua expressão daquele dia: Desejo ardentemente comemorar este Natal convosco. Que a possamos dizer aos nossos familiares, nossos amigos, aos que passam pela nossa vida.

E nos preparemos para a data, desde agora. Preparemos a sala do nosso coração, para recepcionar os que amamos e lhes oferecer nosso abraço, no natalício do Mestre.

Preparemo-nos para a data, colocando flores nos vasos do nosso carinho e envolvendo com laços de ternura os pacotes que iremos oferecer. Pacotes pequenos, minúsculos, grandes, valiosos todos porque trabalhados pela nossa afeição.

Preparemos a mesa com o que possamos ofertar, em nome do amor. E que a nossa noite seja, como aquela longínqua Páscoa, recheada de preces, de hinos, de pão repartido.

A data se aproxima. Apressemo-nos e desejemos ardentemente estar com quem amamos. Recordemos: na oferta do pão à mesa da confraternização, quem sabe possamos ter um gesto de perdão a quem nos feriu e o possamos incluir à mesa.

Quem sabe instalemos uma mesa em casa alheia, oferecendo um banquete. Um banquete de luz que ofereça pratos de desculpas, doces de perdão, frutas de ternura e paz.

Apressemo-nos. O Natal se aproxima. Desejemos ardentemente comemorá-lo com Ele, o Celeste Amigo.

A este texto da redação do Momento Espírita, com transcrição do Evangelho de Lucas. Cap, 22, versículo 15, publicado em 17/12/2021, com o mesmo título, queremos acrescentar:

O Natal, comemorado no 25 de dezembro, é intensamente esperado, não só pelo dia e pelos cristãos, mas também porque representa o fim de mais um período, um ano, que no passado terminava em fevereiro, daí o fato daquele mês ter apenas 28 dias, e de quatro em quatro anos 29.

O calendário gregoriano, promulgado em 1582 pelo Papa Gregório XIII, como conhecemos hoje, começou a tomar forma quando os astrônomos antigos tiveram noção de equinócios e solstícios, portanto, das estações. Esse conhecimento fez surgir o ano solar, que dura aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos (365,2422 dias). Além disso, eles observavam as fases da lua: nova, crescente, cheia e minguante. Cada uma durava pouco mais de 7 dias e o ciclo completo dura 29,5 dias, o que deu origem ao mês solar. O ano começava em março e terminava em fevereiro, sendo que os meses tinham 29 ou 30 dias. Fevereiro, que era considerado de mau agouro por ter seu nome derivado de Februus, deus etrusco da morte, ficou com apenas 28 dias

Mas, durante o Império, em 46 a.C., Júlio César fez uma mudança significativa no calendário romano: moveu janeiro e fevereiro para o começo do ano e adicionou 10 dias ao ano para chegar ao total de 365 dias. O mês Quintilis passou a se chamar Julius (Julho) e ganhou um dia extra, 31, em homenagem ao então imperador. Fevereiro ficou 29 dias. 

Três décadas depois, em 8 a.C., o nome do oitavo mês, Sextilis, foi mudado para Augustus (agosto), em honra ao então imperador César Augusto. Mas Augustus tinha só 30 dias enquanto Julho tinha 31. O imperador determinou, então, que seu mês tivesse mais um dia, retirado de fevereiro, que ficou com 28. E, como o ano é um pouco maior do que os 365 dias do calendário (0,242 dia, para sermos exatos) ele também adicionou um dia extra a cada 4 anos, que depois de nova reforma se tornou o 29 de fevereiro.

Feliz Natal, excelente fim de ano para todos nós, que aguardamos.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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