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Marco Trópico de Capricórnio está abandonado

Um marco importante que poderia ser explorado turisticamente na cidade, está abandonado e esquecido. Trata-se da linha imaginária do Trópico de Capricórnio que corta a cidade, passando pela rodovia PR 323 seguindo em direção ao centro da cidade. O marco, que fica na rotatória da antiga Cidade da Moda, onde está a Passarela José Alves, é um semi-círculo de concreto que registra o Trópico de Capricórnio, um dos cinco principais círculos de latitude que marcam mapas da Terra. Delimita a zona tropical sul, que corresponde a um limite do solstício, que é a declinação mais meridional da elíptica do Sol sobre o equador celeste. É uma linha geográfica imaginária localizada ao sul do equador e, entre 6 e 10 de maio de 2020, indica a latitude 23,4366° Sul.

Em várias cidades pelo mundo onde o Trópico passa há um registro turístico e de certa forma uma exploração comercial do lugar. Alguns países são cortados pelo trópico de Capricórnio: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Namíbia, Madagascar, Moçambique, Botsuana, Austrália, e África do Sul. Além Maringá, a linha imaginária passa pelas cidades de Córdoba e pela faixa de Gaza. Nestes pontos da Terra situados exatamente sobre trópicos de Câncer e de Capricórnio, haverá ao menos um momento, num único dia a cada ano, em que o Sol estará em seu completo zênite. Isso ocorrerá na data do solstício de verão do respectivo hemisfério. Estará totalmente de modo que as sombras dos objetos ficarão exatamente sob os mesmos. Isso ocorre por volta de meio-dia, variando essa hora em função da posição relativa do local dentro do seu fuso horário.

Uma pena um marco geográfico importante estar esquecido. O local está cheio de entulhos, galhos velhos amontoados e quem passa pela rodovia sequer tem a informação, porque não há placas como em São Paulo ou no Mato Grosso do Sul, onde nas rodovias há indicação da passagem pelo Trópico.

Caso fosse recuperado, o local poderia ser um centro de informações turísticas da cidade, servir também de local de exposição e estudos para alunos que teriam a possibilidade de se localizarem no mapa da Terra e experimentar a sensação de estar marcado geograficamente.

À medida que as latitudes se afastam do equador, a diferença entre as datas dos dois zênites solares vai se reduzindo – começando de seis meses, no equador – até chegar a zero, quando o zênite ocorre em uma data única, sobre os dois trópicos. Ao norte do Trópico de Câncer e ao sul do Trópico de Capricórnio, o Sol jamais fica no seu zênite.

Jorge Henrique Lopes
Foto – JH

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