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Hemocentro de Maringá precisa de doações

Doadores no centro de coleta da Fundação Pró-Sangue Hemocentro São Paulo

No fim de ano, quando a cidade fica mais vazia, existe a tendência de queda no número de doadores de sangue no Hemocentro do Hospital Universitário de Maringá. Nos períodos festivos a doação é crucial para garantir estoques seguros para os atendimentos. Período em que crescem as chances de acidentes e fatalidades que causam a necessidade desse serviço. Por isso, o Hemocentro convida voluntários para ajudar nesse momento de necessidade ainda maior.

“O número de doações, nesse momento, está estável, porém não atingirmos os números de coletas que conseguíamos pré-pandemia, temos uma porcentagem abaixo do que seria o normal. Os feriados prolongados sempre preocupam, por isso convocamos que as pessoas doem antes de sair em viagem ou férias. Em uma doação aqui no Hemocentro de Maringá, os hemocomponentes produzidos podem ajudar as unidades do Paraná todo num trabalho conjunto. Objetivo é manter estoque para atender a demanda”, pediu Gerson Zanusso Júnior, chefe técnico do Hemocentro.

Segundo Júnior, os doadores não comparecem justamente no momento em que aumenta a quantidade de atendimentos urgentes e emergentes. Ele salienta que o estoque reforçado faz toda diferença. Em cada doação é retirada uma bolsa de sangue total. O material vai para o laboratório em hemocomponentes e a hemácia tem validade de 42 dias. Já o plasma congelado e a plaqueta uma validade de apenas cinco dias. Esses dois últimos acabam sendo componentes críticos que precisam ser repostos constantemente. Os estoques do Hemocentro atendem uma população de 1 milhão e meio de habitantes, da macrorregião noroeste, além de serviços da rede Hemepar, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná.

Em novembro, mês onde é celebrado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, a farmacêutica Márcia Momesso, diretora do Hemocentro, já havia feito um apelo aos voluntários porque os estoques estavam 30% menores. Na ocasião ela reforçou a importância da doação regular. Lembrando que pode ser doador de sangue todos acima de 16 anos até 69 anos de idade, pesando acima de 50 quilos e bom estado de saúde. Os menores de idade precisam estar acompanhados de um responsável.

“Se não conseguir vir hoje, dia 30, que é a última oportunidade para doação no hemocentro, inicie 2022 fazendo essa boa ação. O horário de atendimento continua das sete às 18h30; estaremos fechados dia 31 e voltamos a receber os voluntários dia três de janeiro. Basta agendar a doação no site saude.pr.gov.br/doacao.

HOSPITAL DO CÂNCER

No Banco de Sangue do Hospital do Câncer de Maringá, o número de doações caiu 90% nas últimas três semanas, de acordo com a direção do local. Os sangues O+ e O- estão em falta. São necessários, em média, 30 a 40 doadores por dia para manter o estoque; mas, atualmente, no máximo 10 pessoas procuram o lugar em um único dia. O Banco de Sangue do Hospital do Câncer atende das 7h30 até às 17 horas e o procedimento dura, no máximo, 40 minutos.

PLAQUETAS

O sangue é formado por diferentes componentes, um deles são as plaquetas, fundamentais no processo de coagulação. São responsáveis por interromper os sangramentos de cortes e feridas, por exemplo, pois liberam substâncias que formam um coágulo funcionando como uma espécie de “tampa”. No Hemocentro Regional de Maringá são produzidas por mês aproximadamente 450 bolsas de plaquetas.

“A validade do hemocomponente é de apenas cinco dias, além disso o processo de produção é complexo exigindo atenção, habilidade e conhecimento técnico da equipe para produzir plaquetas com qualidade. Sempre temos que ter um estoque

Mínimo no Hemocentro para garantir que numa urgência ou solicitação, vamos ter as plaquetas estocadas para liberar, por isso precisamos do comparecimento regular de aproximadamente 40 a 50 doadores por dia para manter o estoque necessário para abastecimento dos hospitais e outros serviços”, afirmou Márcia Momesso.

A indicação de transfusão de concentrado de plaquetas leva em consideração não somente a quantidade ou contagem no sangue, mas também a existência de fatores de risco, realização de procedimentos invasivos, presença de sangramentos clinicamente significativos e alterações da função plaquetária. Os pacientes que geralmente precisam são aqueles que têm falência medular como anemia aplástica ou síndrome mielodisplásica, pacientes pós-radioterapia ou quimioterapia de doenças oncológicas ou oncohematologicas, além de pessoas que vão para cirurgias invasivas.

A extração de plaquetas pode ser feita de duas maneiras. Por meio da doação convencional, onde são extraídos os concentrados de plaquetas das bolsas de sangue total coletadas e também pelo procedimento de aférese que retira o sangue do doador, separa os componentes por meio de centrifugação, retém parte das plaquetas e retorna os demais componentes do sangue para o doador. Este procedimento leva aproximadamente 90 minutos.

Para doar por aférese é necessário ter entre 18 e 60 anos, ter mais de 60 kg, ser um doador de repetição, ou seja, já ter doado sangue outras vezes e ter um bom acesso venoso.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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