Na tarde de ontem a Prefeitura informou, por meio de nota, que não vai organizar Carnaval este ano em Maringá por conta da pandemia do novo coronavírius e a alta positividade apresentada recentemente em diversas cidades brasileiras e no mundo. O comunicado ainda ressalta que a administração tem monitorado os casos notificados da doença na Cidade diariamente; além de acompanhar as informações relacionadas às novas variantes da Covid-19.
“Vinhamos avaliando os casos da doença ao longo do segundo semestre de 2021 para definir o que seria feito em 2022. Porém, o que acompanhamos é um avanço da nova variante e os casos da gripe também aumentaram. Dessa forma o objetivo é cuidar da saúde de todos e não colocar ninguém em risco”, disse o secretário de Cultura, Victor Simião.
Quanto aos eventos em espaços privados ou manifestação de foliões em espaços públicos, Simião deixou claro que isso não compete a Cultura. Porém, disse que percebe os produtores locais confiando na postura que a Prefeitura vem tomando durante a crise sanitária. Concluiu dizendo que acredita numa decisão correta por parte dos organizadores e que muitos podem optar em não realizar eventos no município.
Essa atitude tomada em Maringá segue exemplos de outros municípios que decidiram não realizar festas de Carnaval, como Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e Florianópolis. Como toda decisão que envolve público, muitas pessoas apoiaram a decisão de Ulisses Maia destacando o cuidado com a população em geral, outros disseram acreditar que essa medida não será eficaz após as festas de fim de ano e registros de aglomerações.
POSITIVIDADE
O Jornal do Povo publicou no início da semana uma reportagem sobre o aumento na procura por testes de Covid-19 e que o número de pessoas com sintomas da doença também cresceu. Atualizando a situação, um laboratório particular do município informou que o aumento por exames cresceu 300% na comparação com o mês de setembro. Com isso, ficou constatado que a cada 100 pessoas, 15 são positivadas para o vírus. Na opinião dos profissionais da Saúde é um aumento gradativo preocupante.
Especialistas reforçam que os números devem ficar ainda maiores nas próximas semanas, uma vez que muitos maringaenses ainda estão em viagem para outras cidades ou estados. Em Maringá existe a suspeita da variante Ômicron e kits já foram solicitados para o possível suporte aos pacientes. Há expectativa da chegada no município de um novo teste que permite diferenciar a Ômicron de outras variantes.
Victor Cardoso
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