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Autismo à luz da ciência e espiritualidade

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido como Autismo, acontece no desenvolvimento da primeira infância. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, cerca de 2 milhões de brasileiros sofrem com esse tipo de transtorno. Deste número, a maioria  é do sexo masculino, com proporção de quatro meninos para cada menina.

O autismo pode se apresentar com diferentes graus aumentando ou diminuindo de intensidade, mas não tem cura. Os sinais para diagnosticar uma criança podem apresentar um padrão. A percepção do olhar do bebê, se ele evita o contato visual com seus familiares ou cuidadores e não responde a chamados ou estímulos de contato, como cócegas.

As pessoas que sofrem de TEA têm dificuldade de interação social e comunicação, podendo ter comportamentos agressivos. O autista pode, ainda, apresentar movimentos repetitivos e apego a objetos, além de gostar de rotinas.

E quais seriam as causas ao autismo?  Segundo artigo encontrado no site Neurosaber, desde o primeiro estudo de autismo feito com gêmeos em 1977, diversos times de pesquisa compararam as taxas de TEA em gêmeos e chegaram à conclusão de que a genética é uma grande responsável pela causa do transtorno.

Quando um gêmeo idêntico é diagnosticado com autismo, o outro gêmeo possui aproximadamente 80% de chance de fazer parte do espectro também. A taxa entre gêmeos fraternos é de 40%. De maneira geral, observamos que a presença de algum indivíduo com TEA na família pode aumentar a chance de um casal gerar uma criança com a mesma condição. Esse risco também aumenta quando a idade do casal supera os 40 anos, onde existe uma maior taxa de erros e falhas no material genético, por exemplo.

No entanto, a genética não é a única responsável pelas chances da criança desenvolver autismo. Fatores ambientais também contribuem para a condição. Com o avanço da medicina dentro das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s) pediátricas neonatais, a taxa de crianças prematuras que sobrevivem também aumentou. Com isso, observamos que crianças prematuras também possuem maiores chances de apresentarem sintomas de TEA.

Alimentos artificiais e vacinas já foram apontados como causas do transtorno, assim como gatilhos emocionais e até mesmo a qualidade do relacionamento entre mãe e filho. Como não há nenhuma comprovação científica, essas teorias já foram descartadas. Importante estar sempre atentos aos primeiros sinais do TEA. O diagnóstico precoce é essencial para a atenuação de sintomas , garantindo que  a criança tenha uma ótima qualidade de vida e atinja seu potencial máximo, quando adulto.

Um dos tratamentos mais eficientes na evolução do quadro deste transtorno, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o ABA, sigla em inglês para Análise do Comportamento Aplicada. Esse tratamento ajuda a criança a desenvolver habilidades diárias, linguísticas, cognitivas e sociais. ( fonte https://institutoneurosaber.com.br/autismo-e-genetico)

À luz da espiritualidade, na visão da doutrina espírita, autismo representa uma experiência que o espírito precisa para reaprender o convívio em sociedade. O autista pode dominar uma determinada área do conhecimento como música, ciência ou matemática. A questão do desenvolvimento cerebral pode se dar pelo fato do espírito guardar dentro de seu inconsciente culpas e remorsos de erros que ficaram a ser reparados.

Nós encarnados não conseguimos precisar qual o real motivo espiritual para aquele indivíduo sofrer com o autismo, porém podem ser espíritos que estão presos a seus sentimentos e que podem ter usado o poder de forma inadequada.

Algumas pessoas, por orgulho, não aceitam o diálogo e a compreensão do próximo, apenas mandando e exigindo obediência. A experiência do autista deve servir para o espírito desenvolver gradualmente a comunicação e a compreensão da convivência em sociedade. A família que acolhe uma criança com autismo deve oferecer amor e paciência, pois sua missão é contribuir com a sua evolução espiritual.

O autismo é apresentado como expiação, prova ou missão. No caso de se apresentar como expiação, será caracterizado por muitas limitações, as mesmas que terão a ver com o nível de humanidade perdido na última reencarnação, quanto mais apática diante da solidariedade e da compaixão, mais sua alma será comprometida.

No caso de ser uma prova, são apresentados com desafios para superar junto com seus familiares ou círculo de amor, aprendendo o verdadeiro significado da abnegação , reativando os mecanismos de empatia que facilitam a interação com os outros.

E concluímos que, seja à luz da ciência ou da espiritualidade, não faz qualquer sentido atribuir às vacinas o TEA, como alguns ainda insinuam, citando médicos  contrários à vacinação, especialmente contra a Covid-19.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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