O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou a terceira morte por H3N2 em Maringá. Se trata de uma mulher de 72 anos que tinha comorbidades. Ela faleceu no dia 17 deste mês. No relatório, o número de mortes pela doença subiu para oito em decorrência da Influenza e mais 203 casos foram confirmados. Em Maringá o primeiro óbito ocorreu dia 20 de dezembro de 2021 e o segundo no dia 19 de janeiro deste ano.
“Temos um número pequeno de pessoas internadas com a doença, chegamos a 42 pessoas. A gente coleta uma amostragem e enviamos para Curitiba onde é feito o sequenciamento genético para saber o que o paciente tem. Temos cinco pacientes internados, sendo que dois estão com sintomas moderados e acompanhamento contínuo e outros dois já com previsão de alta. Não podemos banalizar a H3N2, muito menos a H1N1, porque as doenças podem desenvolver para a forma grave e as consequências serem irreversíveis”, disse Marcelo Puzzi, secretário de Saúde de Maringá.
Os outros sete óbitos confirmados dia 21 foram em Curitiba, Doutor Camargo, Jacarezinho, Londrina, Pinhais, São João do Triunfo e Teixeira Soares. As mortes aconteceram entre os dias quatro e 20 de janeiro, sendo quatro mulheres e quatro homens. Na semana passada foi declarado que o Paraná está em epidemia da H3N2. O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que era mais comum registrar a circulação do vírus da Influenza de maneira intensa durante o inverno. Porém, no último ano houve uma baixa adesão na vacinação contra a Influenza e isso pode ter colaborado para o aumento da transmissão da doença.
“Todos os anos o Ministério da Saúde realiza campanhas nacionais de imunização contra a gripe Influenza. Somente no ano passado, o Paraná recebeu 5.165.200 vacinas. Até o momento, cerca de 450 mil doses ainda estão disponíveis nos municípios. Contamos com o apoio das equipes municipais para fazer essa vacina chegar até o braço dos paranaenses. Mesmo que seja da campanha passada, a imunização contra a gripe protege da maioria dos vírus circulantes e aumenta a imunidade contra a doença”, disse Preto.
Por sua vez, Marcelo Puzzi, adiantou que na próxima semana será adotada em Maringá uma nova forma de atendimento para esse público. A organização é feita juntamente com equipes da Prefeitura. Objetivo é lançar informativos reforçando que os pacientes com sintomas leves ou sem sintomas não precisam buscar um pronto atendimento. As pessoas devem aguardar, se isolar, até porque também há a Covid-19 com números crescentes de infectados. Ele reforçou que mesmo sem vacina, o tratamento da H2N3 é realizado com o medicamento Tamiflu e os sintomas são parecidos com os do novo coronavírus.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução