João Geraldo de Araújo Ferreira foi preso em flagrante por suspeita de feminicídio e tudo indica que a revolta de conhecidos da vítima teria sido a causa do incêndio provavelmente criminoso.
O suspeito teria matado a companheira, que ele chamou de namorada, e levado o corpo na garupa da bicicleta para jogar em um terreno baldio distante 400 metros do local do crime, um barraco no Jardim Monte Carmelo, em Sarandi. Depois, foi visto carregando um utensílio doméstico no carro de um amigo, que acabou preso com ele em uma rua do bairro. Na Delegacia, João Geraldo disse que Adriana Aparecida Pereira havia sofrido um infarto fulminante e desorientado ele tratou logo de jogar o corpo em um local distante do casebre onde morava. Só que o delegado Adriano Garcia descobriu que o suspeito tinha histórico de violência doméstica e havia declarado algo semelhante quando foi acusado de matar a sua primeira mulher, também em Sarandi.
A Justiça decretou a prisão preventiva de João Geraldo na segunda-feira e na noite de segunda para terça o casebre dele foi incendiado. A Polícia investiga a causa do incêndio mas os primeiros indícios são de que pessoas revoltadas com o feminicídio é que teriam colocado fogo no imóvel. O delegado que preside o inquérito disse ontem que o incêndio atrapalha as investigações, porque ele havia pedido uma perícia técnica no local onde a mulher teria morrido por estrangulamento. O pai da vítima, um agente da Guarda Municipal de Maringá, informou que a filha , que era alcoólatra, estava desaparecida há duas semanas. Adriana deixa duas filhas e a mais velha entrou em desespero quando esteve no casebre onde sua mãe morreu, seis anos depois do marido (pai das meninas) ser assassinado.
Redação JP
Foto – Plantão Maringá