Inaugurada a pouco mais de um ano, a pista emborrachada do Parque do Ingá já necessita de uma manutenção completa e com urgência, segundo a população que utiliza o local diariamente para se exercitar.
Utilizada por milhares de maringaenses, a nova pista foi muito divulgada pela Prefeitura e comemorada pelos usuários. Com extensão de 3,2 quilômetros, o projeto moderno e inovador traria mais segurança para a prática de corridas e caminhadas, porém não é o que tem ocorrido. As reclamações de buracos, desnível e sujeira na pista são constantes.
Adepta da caminha matinal, Beatriz Naggy há alguns meses solicita a manutenção da pista. “Há meses o local precisa de uma boa manutenção. A pista está solta em vários pontos e traz perigo para quem caminha. A Prefeitura deve urgente reparar o local”.
A empresária Marcela Goes sofreu uma queda ao pisar num buraco e acabou precisando ir ao hospital. “Nos primeiros dias do ano resolvi voltar a me exercitar, mas foi no primeiro dia de caminhada que torci meu pé ao pisar num buraco, me desiquilibrar e cair. Um espaço que era para ser seguro, que foi investido uma fortuna, divulgado como inovador e muito comentado, infelizmente se tornou um perigo. Se eu que não cheguei nos 40 anos me machuquei, me preocupo com os idosos que lotam o local todos os dias”.
O idoso Carlos Rodrigues também reclama da pista. “No começo achei uma maravilha. Agora temos que tomar cuidado onde pisamos, tem muito local com o piso fofo e que engana quando pisamos. Quase cai esses dias atrás e agora estou caminhando mais devagar para evitar uma queda. Idoso quando cai é um perigo”.
A Prefeitura investiu quase R$ 4 milhões na obra e já prepara um novo processo de licitação para os reparos. De acordo com a Assessoria de Imprensa, a parte memorial e quantitativa já está pronta e agora será feito o orçamento para abrir o processo licitatório.
Em nota, enviada à redação do Jornal do Povo, a “Prefeitura de Maringá informa que realiza constantemente reparos na pista de caminhada do Parque do Ingá. A Secretaria de Mobilidade Urbana informa que há diferentes aspectos a serem considerados nos serviços de reparos: Serviços relacionados à garantia da obra: é acionada a empresa para reparos; Serviços de manutenção geral em função de desgaste natural ou outros fatores, como chuvas torrenciais, queda de árvores, galhos ou postes: exige licitação contemplando serviços na pista (base e revestimento emborrachado), luminárias, lâmpadas, equipamentos urbanos (bancos, lixeiras, entre outros); Serviços emergenciais: são executados por equipes da administração municipal.
PISTA
Durante as obras da pista emborrachada a Prefeitura isolou o espaço com cones e cavaletes para proibir o acesso da população. “Eles deveriam colocar novamente cones e interditar as partes da pista que estão mais problemáticas. Tem muita gente indo pelo asfalto nos trechos mais perigosos”, alerta a usuária do local Ana Carla Simão.
A Prefeitura diz que o material utilizado no emborrachamento é permeável e, permitindo rápido e eficiente escoamento da água. Portanto, a retirada do corredor de grama não interfere na drenagem da pista. O material é composto por resíduos de borracha, como pneus, misturado a resina para dar liga e aplicado.
Redação JP
Foto – Reprodução