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TCCC disponibiliza 50 novos ônibus para a população

Os usuários do transporte coletivo de Maringá receberam com alegria a nova tarifa dos ônibus, que desde ontem custa R$ 4,00 e terá esse preço fixo até o final de dezembro deste ano, segundo a Prefeitura. Além de pagar R$ 1 a menos, a população maringaense também será contemplada com 50 novos ônibus, investimento da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) que já entregou, em janeiro 20 unidades. Os outros 30 novos ônibus estarão à disposição dos usuários até junho.

De acordo com o diretor executivo da TCCC, Roberto Jacomelli, a empresa e a Prefeitura devem continuar tendo essa visão comum e investir para o bem da população. “Parabenizamos a postura do prefeito Ulisses Maia em apresentar e sancionar a lei que reduz a tarifa do ônibus e responsabiliza o município a arcar com a gratuidade do sistema. Com essa lei, os usuários não dividem mais os custos das passagens de quem tem gratuidade para usar o sistema. A Prefeitura teve uma visão acertada, os vereadores agiram pelo bem da população aprovando a lei, a empresa sente mais segurança para investir na cidade e a população comemora as boas notícias. Seguindo com essa visão comum, quem ganha é a cidade”.

Com a redução da tarifa, a expectativa é que mais pessoas voltem a usar o transporte coletivo, desafogando o trânsito de veículos como carros e motocicletas.

O uso do transporte público foi apontado pelo PlanMob como um dos modais intermediários no município, e com potencial para aumentar uso pelos maringaenses.

O levantamento aponta que o transporte público com ônibus ocupa 18% dos 68% dos meios motorizados. Outros são automóveis, com 37%, motocicleta, com 8%, transporte por aplicativos, com 2%, escolar, com 1%, fretado, com 1%, entre outros. Já os outros 32% dos não motorizados são a pé, com 25%, e bicicleta, com 7%.
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O prefeito Ulisses Maia disse, ontem durante a assinatura da lei no Terminal Urbano, que a redução do valor não afetará na qualidade do transporte. “Defendemos a redução dos preços, mas mantendo a qualidade no transporte. Nossos objetivos são promover a justiça social, contribuir com a sustentabilidade e estimular ainda mais investimentos para a cidade, beneficiando a todos os maringaenses”.

Maia também anunciou a criação do Conselho Municipal do Transporte, já aprovado pela Câmara, e que contará com integrantes de diversos segmentos para analisar, avaliar indicadores e emitir pareceres sobre o serviço, auxiliando nas tomadas de decisões futuras relacionadas ao transporte coletivo na Cidade.

Para Jacomelli, a criação do Conselho vai contribuir para a melhoria do serviço. “Juntos vamos discutir tudo o que é investido e para onde deve ir os novos investimentos da empresa. Com essa postura adotada pelo município, a TCCC sai daquela zona de insegurança jurídica e financeira e cada vez mais investe para oferecer qualidade, conforto e segurança aos usuários. A prefeitura merece elogios e deve continuar tratando o transporte público como uma área de política pública, assim como a educação e a saúde. Seguindo nessa linha quem ganha é Maringá”, finaliza o diretor da TCCC.

LEI
De acordo com a lei sancionada ontem pelo prefeito, o município fica responsável por arcar com o custo das gratuidades relativas às passagens das pessoas com deficiência, idosos, pessoas com transtorno mental em tratamento contínuo, população indígena que comercializa artesanato, pessoas com transtorno do espectro autista, crianças e adolescentes portadores de patologias crônicas e também gestantes.

Conforme dados da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), o uso do transporte coletivo vem caindo ano após ano e a pandemia, por sua vez, acentuou esse cenário. Ademais, situações relativas à macroeconomia – aumento do dólar, do barril de petróleo e, por consequência, de combustíveis e derivados – têm pressionado para um encarecimento da tarifa.
Outro indicativo positivo apontado é que a redução na tarifa fará circular um valor considerável na economia maringaense. A média de viagens ao ano no sistema na Cidade é de 31 milhões de viagens no geral, incluindo gratuidades. Com a redução em R$ 1 na tarifa, incluindo dos passageiros avulsos e dos que usam vale-transporte das empresas, daria R$ 17 milhões girando na cidade ao ano.

A gratuidade representa em torno de 18% das viagens no sistema. O que era bancado antes pelos usuários que pagam a tarifa. Agora, a Prefeitura de Maringá pagará essa parte, com os passageiros da gratuidade sendo considerados pagantes no sistema.

Dayani Barbosa
Foto – Paulo Silva

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