Os vereadores aprovaram ontem, em primeira discussão, o projeto de lei que proíbe a venda de escapamentos irregulares em Maringá. De autoria do vereador Sidnei Telles, o texto foi aprovado por 7 votos a 4 e volta para a segunda discussão na próxima terça-feira.
De acordo com Telles são muitas as reclamações sobre o barulho incômodo causado pelas motocicletas. “A reclamação é constante e a população cobra uma atitude das autoridades. A lei que proíbe os escapamentos adulterados já existe, agora essa lei vai fiscalizar e multar as empresas que prestam esses serviços. O barulho provocado por essas motos incomoda a vida das pessoas. Quem oferece esse serviço tem que ser responsabilizado”.
O projeto de lei prevê multa de até r$ 3 mil para as empresas que adulteram os escapes das motocicletas. O motociclista flagrado pelas autoridades de trânsito com escapamento irregular terão a moto apreendida.
Para o vereador Flávio Mantovani, que votou contra o projeto, a lei não vai funcionar. “Já temos uma lei sobre o assunto que não funcionou. Outro ponto é que há diversos tipos de motos utilizadas para fins específicos o que dificulta ainda mais a fiscalização. Entendo que os escapamentos irregulares são um problema para a população, mas acredito que a lei é ineficaz”.
Somente este ano, a Ouvidoria Municipal registrou 257 reclamações enquadradas em poluição sonora. Ao longo do ano passado, foram 1.661 protocolos registrados por barulho.
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Está tramitando nas comissões internas da Câmara de Maringá um projeto de lei que prevê a implementação das disciplinas de educação financeira e direito constitucional na rede municipal de ensino. Ontem a matéria foi retirada da pauta para analisar emendas sugeridas pelos vereadores.
Segundo o vereador, Luiz Cláudio Alves, o objetivo é que as disciplinas entrem na grade curricular desde a educação básica, para tratar dos temas de forma lúdica. “Eu e os vereadores Rafael Rosa e Paulo Biazon fizemos uma avaliação, uma análise, da situação financeira da população brasileira. Tem muita gente endividada, muita gente passando por dificuldades financeiras. A falta de conhecimento em administrar o próprio dinheiro leva as pessoas a passar por dificuldades. Entendemos que podemos começar a tratar disso com o indivíduo ainda criança. Ensinando a dividir, a economizar e mostrando que ele não precisa acabar com tudo o que ele tem, de uma vez só”, afirma.
O projeto foi levado para os vereadores que sugeriram alterações e complementações no texto. Durante a sessão de ontem, os vereadores aprovaram o pedido para retirada do projeto de pauta por dez sessões. Segundo o próprio vereador Luiz Alves, o texto teve muitas emendas e precisa ser melhor construído.
“A ideia é tentar jogar essa proposta na grade, já lá na base, lá atrás, com a criança ainda evoluindo. Isso pode ser passado de forma lúdica. O projeto também abrange o conceito de direito constitucional. De forma lúdica podemos começar a ensinas crianças sobre direitos e deveres que estão na nossa constituição”, explica o vereador. “Hoje um adulto só aprende sobre a constitucional do país dele, que é o que rege efetivamente a vida de toda a sociedade, se ele fizer uma faculdade de direito. Podemos mudar essa história já nas primeiras séries de forma lúdica e ir evoluindo nas séries posteriores”.
Redação
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