O Vereador Luiz Tavares, de Eng. Beltrão, ficou assustado quando viu as mensagens agressivas contra ele em grupos de WhatsApp.
A Polícia Civil, que investiga o crime de racismo e as ameaças de morte contra o vereador, já apurou que as ofensas seguidas de ameaça começaram quando o vereador do MBB, que é negro, questionou a Prefeitura de Engenheiro Beltrão por supostas irregularidades na contratação de pessoal.
Os ataques racistas foram compartilhados por um aplicativo de mensagens, em grupos compostos por moradores da cidade e funcionários da Prefeitura de Engenheiro Beltrão.
Entre as frases agressivas, escritas ou ditas em áudios, que circularam na Internet, estão essas: “É o Luizinho da Zefa, né? Não sei que que está fazendo barulho de novo. Cara, tinha que pegar esse preto aí e dar um jeito nele, entendeu?”;
“Tem que cochar, tem que pegar esse nego. Vocês estão sendo prejudicados. Tem que juntar umas 70 pessoas e ir na casa dele, onde tiver, mas dar um couro, quebrar ele. Largar ele quebrado pendurado na Santa Casa de Campo Mourão”.
A Polícia Civil informou que já conseguiu identifica pelo mens 13 suspeitos das ameaças, que caracterizam crimes de injúria, injúria racial, difamação, calúnia e incitação à prática de crimes. O vereador disse que “isso não pode acontecer no Brasil de jeito nenhum. É imperdoável”. O prefeito de Engenheiro Beltrão, Aldamir José Garbim Júnior (PSL) afirmou que nunca incitou a violência, preconceito ou racismo e por isso condena a atitude dos envolvidos. Disse ainda que pediu à Polícia para averiguar o caso, que na visão dele não pode ficar por isso mesmo.
A ação do vereador foi denunciar a contratação de funcionários como autônomos pela Prefeitura. Segundo o vereador um dos contratados como autônomo tinha uma empresa que presta serviço para o município, o que é ilegal. Diante da repercussão do caso o prefeito Aldamir dispensou os trabalhadores autônomos. O delegado Wagner Quintão dos Santos reconheceu que os ataques foram graves e que já identificou alguns dos envolvidos, que serão intimados a depor.
Redação JP
Foto – G1
