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Nossa guerra deve ser pela paz

Um  ser  racional, com o mínimo de humanidade, não importando  a religião ou crença em Deus, ainda que seja russo, mas com sentimentos de empatia, se colocando no lugar os Ucranianos, certamente condenará a invasão e agressões provocadas por Putin, que obriga o povo da Ucrânia, inclusive civis, a se defender.
           
Lamentável que alguns ainda dê alguma razão ao presidente russo, ou até culpe o povo ucraniano pela escolha de ‘um comediante’, como se aqui não vivêssemos no Brasil situações cômicas, não fossem trágicas.
           
Sobre guerra, reflitamos sobre o texto a seguir:
           
‘Todos os esforços deverão ser empreendidos pelos seres humanos, para extinguir, em definitivo, a guerra. Poderá ser pela diplomacia, que abençoa os entendimentos por meio do diálogo, ou através da educação popular.

Pela educação, as criaturas poderão ver todos os inconvenientes das atrocidades da guerra, seja em razão do que for. Vivemos a fase em que a Humanidade deve exercitar a razão com todos os seus componentes, trabalhando na esfera da paz.

As escolas, os templos religiosos, os lares, as empresas trabalharão para a paz. Para isso, todas as baterias de providências estarão voltadas para a educação do indivíduo, de cuja intimidade provêm os delitos, se ele está enfermo, ou todas as luzes, se avança para maior equilíbrio.

Ao se refletir na guerra, pensa-se que tudo estará concluído e solucionados todos os problemas, quando sejam assinados os tratados de paz. Poucos se dão conta dos desdobramentos da trágica experiência, durante e depois dela.

Nas guerras, não morrem somente os que tombam nos campos de batalha ou são devorados por explosões de quaisquer tipos. Também morre, no abismo da dor, um número ilimitado de pais e de mães, que recebem objetos de uso pessoal e condecorações póstumas dos seus filhos. Morrem esposas vencidas pela saudade e pela solidão, após receberem as documentações que honram os seus companheiros desencarnados.

Morrem na revolta, na mágoa, no desejo de vingança contra a sociedade, multidões de filhos levados à orfandade, tendo os nomes dos seus pais glorificados no altar frio dos mausoléus dos heróis, que as pátrias lhes constroem, como se isso fosse resolver o drama das dores morais dos seres marcados pela guerra.

E o saldo dos mutilados físicos? Dos mutilados mentais, assinalados por neuroses e psicoses que retornam para os seus lares e para as ruas, muitos deles se envolvendo na violência, no crime, nos vícios e no infortúnio?

Ao pensarmos sobre a monstruosidade da guerra, apareça onde aparecer, apoiada no motivo que for, reflitamos nas consequências dessa tragédia para a Humanidade inteira e refreemos nosso entusiasmo.

Jesus, o herói da sepultura vazia, nos conclamou para a paz. Ele afirmou que os mansos herdariam a Terra e os pacíficos seriam chamados filhos de Deus.

Envolvidos em nossos afazeres, estudando, trabalhando, falando ou realizando qualquer atividade, sejamos instrumentos da paz, permitindo que o suave ensino do mestre Galileu ilumine a nossa intimidade, iluminando os que vivem e convivem conosco.

O homem que possui a paz, não é apenas o homem de face serena. Antes é o homem de bem, o que trabalha incessantemente no dever.

Assim, adquirir paz não é somente estar com a consciência tranquila, porém, mais do que isso, é trabalhar pela edificação da paz alheia, permanecendo em tranquilidade.

A esta reflexão, da Redação do Momento Espírita, em texto publicado em 17.5.2013, acrescentamos:

Você aprova as guerras  ? Se alguém lhe fizesse uma pergunta dessas, por certo você ficaria indignado com tanta ousadia, e diria que não compactua com esse tipo de violência.

Mas quando nos irritamos violentamente com alguém ou com alguma coisa, jogamos na atmosfera uma carga energética de péssimo teor, que contribuirá para a eclosão de guerras, mais cedo ou mais tarde.

E a paz deve começar em nossa intimidade. Quando não revidamos uma ofensa, estamos ajudando a construir a paz. Quando não aceitamos uma provocação da violência, estamos dando nossa contribuição para que a paz possa ser construída.

Quando calamos uma palavra de irritação, contribuímos com a paz mundial. Quando apagamos uma faísca de ira que insiste em eclodir de nossa alma, fomentamos a paz.

Devemos ‘guerrear’ contra a corrupção, não participando ativa nem passivamente de qualquer ação contra o erário. Corrupção mata, com se mata nas guerras.

Enfim, ‘nossa guerra’ é pela paz.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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