Afastado da presidência da Câmara Municipal de Maringá para tratamento de saúde, o vereador Mário Hossokawa pretende retomar às atividades na próxima semana e descarta a possibilidade de sua suplente, Majô Capdebosq assumir o cargo.
De acordo com Hossokawa seu tratamento deve ser breve, sem a necessidade de precisar se ausentar. “Me afastei por alguns dias, mas não esperava ficar tanto tempo. Estou fazendo exames e tenho certeza que nos próximos dias estarei de volta. Minha vontade era já ter retornado, mas estou cumprindo às recomendações médicas. Por isso, nesse momento não há possibilidade do suplente assumir. Estou com um pouco de fraqueza, mas estou bem e tenho condições de fazer a pauta e tomar as decisões”, diz o vereador, explicando que o regimento interno diz que para o suplente assumir deve haver a necessidade de afastamento por mais de 121 dias. “O que não é o caso”, afirma.
Enquanto está com atestado médico quem comanda as sessões do Legislativo é o vice-presidente Mário Verri, que conta com a confiança do titular para conduzir os trabalhos. “Em todos esses anos de atuação parlamentar, essa é a terceira vez que preciso me afastar por problemas de saúde. Numa outra oportunidade, em 2009, o Mário Verri também assumiu a presidência e tem toda a minha confiança. Ele realiza um excelente trabalho e nos respeitamos muito”.
PRAIA
“Eu particularmente sou contra a ideia do prefeito em implantar uma praia em Maringá. Não temos rio, é diferente de Porto Rico que encanta os turistas com a praia de água doce. No nosso caso não temos rio de grande porte encostado na cidade. Nossos fundos de vale não comportam uma praia. O prefeito tinha sugerido o Rio Pirapó, mas é muito longe e a água não é limpa como a do rio Paraná. Porém, desde que não haja a necessidade de financiamento, empréstimos do Governo Federal ou do BNDES, não podemos impedir. Se não precisar de financiamento e da aprovação da Câmara, o prefeito tem autonomia pode fazer. Mas acho que gastar R$ 50 a 60 milhões numa praia não é nossa prioridade”, explica Mário Hossokawa.
O vereador ressalta que a Câmara questiona muito o Executivo e que o prefeito Ulisses Maia é bastante aberto ao diálogo e flexível, respeitando a independência dos poderes. “Nosso convívio é harmônico”.
AUMENTO VEREADORES
Na opinião do presidente da Câmara tanto o aumento no número de vereadores quanto o salário deveriam ser determinados Por uma Lei Federal. “Não temos nada concreto em relação ao aumento de cadeiras e ao salários. Tínhamos 21 vereadores e reduziu para 15 através de uma resolução. Aqui poderíamos ter até 23 vereadores, muitas cidades aumentaram o número de representantes e nós não conseguimos. Toledo, Ponta Grossa e Guarapuava são menores que Maringá e tem mais vereadores. O Congresso Nacional tem a responsabilidade de administrar essa questão, disciplinar e colocar ordem, assim como o subsídio do vereador. Deveria ter uma Lei Federal que discipline essa questão de forma permanente. Isso seria o justo”, finaliza Hossokawa.
Dayani Barbosa
Foto – Reprodução