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Maringá não tem recursos para realizar consultas e cirurgias eletivas

A Prefeitura de Maringá, em novembro do ano passado, anunciou um mutirão da saúde com o objetivo de realizar 7,5 mil cirurgias eletivas, 140 mil exames e 100 mil consultas especializadas ao longo dos próximos meses. Com mais de R$ 120 milhões de investimentos de recursos próprios do Município, os procedimentos deveriam ocorrer de domingo a domingo, inclusive no período noturno. Todavia, na prática a realidade é outra, a fila não andou e muitas pessoas aguardam esses atendimentos específicos.

Atualmente, de acordo com a Prefeitura, são 80 mil consultas, 38 mil exames e 9,7 mil cirurgias previstas para serem realizadas. Deste total, a previsão é que o município, por meio de chamamentos que já foram abertos, faça cerca de 32 mil consultas, 15 mil exames e 4 mil cirurgias ainda este ano. O Poder Público disse ainda que aguarda recursos do Governo Estadual para dar andamento aos procedimentos.

“Em Maringá, as cirurgias devem ser realizadas no Hospital Municipal, Santa Rita, Santa Casa, Hospital Universitário e Memorial. Parte dos exames será no Hospital do Câncer. Esses estabelecimentos particulares foram conveniados para atender a demanda. A fila nunca é zerada porque todos os dias há novos pedidos de cirurgias, consultas e exames. Faremos o contato com todos os pacientes que estão aguardando. É importante que, pessoas que não têm cadastro atualizado, compareçam às unidades de saúde de referência mais próxima de sua casa para atualização”, orientou Marcelo Puzzi, secretário de Saúde.

REPASSE

Na manhã de ontem, o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou o repasse de R$ 250.790.490,94 para a saúde pública dos 399 municípios do Paraná. Recursos que serão empregados em áreas da Saúde como atenção básica, urgência e emergência, além de atendimento ambulatorial especializado. O prefeito Ulisses Maia participou da solenidade em Curitiba e solicitou recursos para efetivar consultas, exames e cirurgias eletivas em Maringá. Procedimentos represados por conta da pandemia do novo coronavírus.

“Temos situações distintas em cada cidade do Paraná, e, no caso de Maringá, precisamos de um apoio para conseguirmos dar sequência às consultas, exames e cirurgias eletivas que ficaram paralisados durante a pandemia”, disse Maia, que compõe a diretoria executiva da Frente Nacional de Prefeitos.

Por sua vez, o Governo Estadual informou que o montante contempla a compra de veículos voltados ao transporte de pacientes; ambulâncias; obras de reforma; construção e ampliação de unidades básicas de saúde e hospitais; além de incremento temporário no teto MAC, um recurso de custeio para os Fundos Municipais de Saúde, destinado a despesas com procedimentos de Média Complexidade Ambulatorial dos usuários do Sistema Único de Saúde em todo o Estado.

Ratinho Junior resumiu que este é o maior investimento unificado da história em saúde, implementando a regionalização no atendimento e investindo nos bairros.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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