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O duelo

Duelo  era uma disputa , em combate, entre duas pessoas, geralmente  motivada por desagravo à honra, desavenças individuais, familiares, felizmente  abolido no Planeta.
         
Foi modelo de disputa  muito usado no Oriente,  na Europa  e nas Américas. O último país do  mundo ocidental  a aboli-lo, legalmente foi o Uruguai, que o manteve em legislação própria até a década de 1980.
           
E o duelo poderia ser considerado substituto das guerras? No início do século 19, a Rússia estava lutando contra Napoleão, finalmente derrotando-o em 1812. Os aristocratas que serviam o país como oficiais nos campos de batalha queriam mostrar sua bravura também em tempos de paz. Além disso, como escreve o autor de “História do Duelo Russo”, Aleksandr Vostrikov, encarar de frente uns  aos outros era um modo de a aristocracia marcar sua singularidade.      
         
E se ao invés de mandar soldados para invadir a Ucrania, Putin desafiasse Zelensky para um duelo? Há quem pense que Seria mais justo e tantos inocentes não estariam sendo sacrificados.
         
Nem guerra, nem duelo. Sobre o duelo, em 1861, Adolfo que fora Bispo de Algfer, Marmande, em Espírito, quando da codificação da Doutrina Espírita, disse e está reproduzido no ESE:
    
‘Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida como uma viagem que tem um destino certo, não se incomoda com as asperezas do caminho, não se deixa desviar nem por um instante da rota certa. De olhos fixos no seu objetivo, pouco se importa de que os obstáculos e os espinhos da senda o ameacem; estes apenas o roçam, sem o ferirem, e não o impedem de avançar. Arriscar os dias para vingar uma ofensa é recuar diante das provas da vida; é sempre um crime aos olhos de Deus; e, se não estivésseis tão enleados, como estais, nos vossos preconceitos, seria também uma ridícula e suprema loucura aos olhos dos homens.
       
É criminoso o homicídio por duelo, o que a vossa própria legislação reconhece. Ninguém tem o direito, em caso algum, de atentar contar a vida de seu semelhante. Isso é um crime aos olhos de Deus, que vos determinou a linha de conduta. Nisto, mais que em qualquer outra coisa, sois juízes em causa própria. Lembrai-vos de que vos será perdoado segundo tiverdes perdoado. Pelo perdão vos aproximais da Divindade, porque a clemência é irmã do poder. Enquanto uma gota de sangue correr na Terra pelas mãos dos homens, o verdadeiro Reino de Deus ainda não terá chegado, esse reino de pacificação e de amor, que deve banir para sempre do vosso globo a animosidade, a discórdia e a guerra. Então, a palavra duelo não mais existirá na vossa língua, senão como uma longínqua e vaga recordação do passado: os homens não admitirão entre eles outro antagonismo, que a nobre rivalidade do bem.
       
E Santo Agostinho, em Espírito, no ano seguinte à fala do Bispo, completa: ‘ O duelo pode, sem dúvida, em certos casos, ser uma prova de coragem física, de menosprezo pela vida, mas é incontestavelmente uma prova de covardia moral (…) Cristo não vos disse que há mais honra e coragem em oferecer a face esquerda a quem vos feriu a direita, do que em se vingar de uma injúria? Cristo não disse a Pedro, no Jardim das Oliveiras: “Embainhai de novo a vossa espada, pois aquele que mata pela espada perecerá pela espada?” Por essas palavras, Jesus não condenou o duelo para sempre? Com efeito, meus filhos, que coragem é essa, que brota de um temperamento violento, pletórico e furioso, bramindo à primeira ofensa? Onde está a grandeza de alma daquele que, à menor injúria, quer  lavá-la em sangue? Mas que trema, porque sempre, do fundo da sua consciência, uma voz lhe gritará: Caim! Caim! Que fizeste de teu irmão? Ele responderá: Foi necessário o sangue para salvar minha honra! Mas a voz replicará: Quiseste salvá-la perante os homens nos breves instantes que te restavam na Terra, e não pensaste em salvá-la perante Deus! Pobre louco, que não vos pediria então o Cristo, por todos os ultrajes que lhe tendes feito? Não somente o feristes com os espinhos e a lança, não somente o erguestes num madeiro infamante, mas ainda, em meio de sua agonia, pode ele ouvir as zombarias que lhe prodigalizastes. Que reparações vos pediu ele, depois de tantos ultrajes? O último gemido do cordeiro foi uma prece pelos seus algozes. Oh, como ele, perdoai e orai pelos que vos ofendem!
           
E concluo, pedindo que oremos pelos ignorantes como Putin e outros líderes causadores de guerra. Ódio gera ódio e só cria uma atmosfera que favorece atuação das trevas. O contrário, vibrações positivas, caridade e amor, geram fluidos benéficos, para que os seres de luz, emissários de Deus,  posso atuar. 

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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