Secretários municipais se reuniram na manhã de ontem para intensificar ações de força-tarefa na ′Semana D′ contra a dengue. Entre os dias 12 e 14 de abril serão realizados encontros para definir os detalhes dos mutirões, o objetivo é promover atividades em conjunto com a comunidade para eliminar possíveis focos do mosquito, Aedes Aegypti, transmissor da doença. Em Maringá são 303 casos confirmados, segundo o último boletim epidemiológico.
“As ações na verdade nunca param, mas vamos intensificar a partir de amanhã. Será uma mobilização de toda Prefeitura, onde Saúde, Limpeza, Fiscalização, Segurança, estarão nos bairros. O cronograma está sendo construído, mas amanhã vamos em direção a região da Avenida Mandacaru, Vila Vardelina e outros bairros próximos que estão com a situação mais complicada”, explicou o secretário de Limpeza Urbana, Paulo Gustavo.
Como ação prática, ele disse que serão em quatro eixos: orientação, com equipes da Secretaria de Educação; fiscalização, em locais com mato alto; prevenção, inclusive com a aplicação de veneno; e limpeza, um caminhão vai passar para recolher materiais que possam acumular água. A população é tida como principal ator dessa iniciativa, podendo já retirar pneus, vasilhas e outros itens para serem levados pelas equipes da Prefeitura, por meio da Coleta Seletiva.
A retomada da estratégia de aplicação do fumacê nas cidades do Paraná foi amplamente discutida antes e durante a pandemia; porém, em Maringá o trabalho não começou efetivamente até o momento. A ação é considerada muito importante para o combate contra o mosquito, e a falta foi fundamental para que o Paraná entrasse em estado de epidemia da doença em 2020. A última vez que o fumacê percorreu bairros de Maringá passou por mais de 1 mil quarteirões. O fumacê é autorizado pelo Estado, atualmente a Cidade não tem critério para a aplicação em todos os bairros, as vezes acontecem aplicações localizadas para controle.
“Essa é uma ação que só pode ser definida pelo Estado. O Prefeito Ulisses Maia já está em contato com o secretário estadual de Saúde para iniciar a aplicação. O que cabe ao município está sendo feito. Vamos mobilizar servidores da saúde, limpeza e fiscalização para percorrer a Cidade, em especial nos bairros de maior incidência do mosquito, para recolher materiais, vistoriar e também multar, se necessário. Precisamos do apoio total da comunidade nesta luta”, concluiu o secretário.
MARINGÁ
O último boletim da Secretaria de Saúde de Maringá apontou que o município tem 303 casos confirmados de dengue. Desde agosto, quando começou o calendário epidemiológico estadual, já foram 2.191 notificações da dengue e, no momento, 664 casos estão em análise. Os números deixam a Cidade numa situação de alerta; segundo o diretor de Vigilância e Saúde, Eduardo Alcantara, o número de infectados pode chegar a 360 até o final dessa semana.
“A média é de 50 novos casos por semana em Maringá. A prevalência da doença está na região noroeste, proximidades do Jardim Paris 6, Olímpico e Ney Braga. No mês de abril há historicamente o aumento de casos por conta do clima. É possível que os casos aumentem se não houver a tomada de medidas sérias e que também são simples. Nas casas é preciso olhar os vasos de plantas, as calhas e/ou lixo que possa acumular água; nos estabelecimentos comerciais, além de todos esses locais, é preciso verificar as fachadas das lojas onde já encontramos focos do mosquito. Agora as condições são ainda mais favoráveis para crescer a quantidade de infectados por conta da temperatura elevada e chuvas constantes”, disse Alcantara.